domingo, junho 04, 2006

Dia dos Atravessados

Ontem(1/6) foi um o Dia dos Atravessados!
Fui no minimercado e sofri a Síndrome dos Gringos...
Mãos de vaca, socaram, com tudo, os seguintes produtos: shampoo, guisado, filé de frango e ração numa única sacola! Tudo junto! Vejam bem, numa única e chula sacola... Comecei então a separar os produtos, por obviedade, e tomei uma "indireta" que não precisaria mais de sacola alguma. Na economia do plástico, cheguei a fazer o olhar do clássico “Carrie, a Estranha” quando esta, foi humilhada em público...
Fulminei a infeliz do caixa que tava se empenhando, ao máximo, para "bater boca" naquele dia. Sai sem dizer uma única palavra...
MEU GRANDE MAL DE 2006.
Até o final do dia acontecerem outros fatos. O detalhe era que estava com lexotan no corpo. Sim!
Eu explico.
Toda vez que tomo este abençoado remedinho(eu derrubo a minha insônia de vez hi hi hi) ele nunca sai, de vez, do meu corpo... Acordo na boa, mas ainda fico, por horas, anestesiada com o efeito do remédio.
Já sou calma!
Com lexotan no corpo fico mais ainda!
Ontem, eu era a própria FILHA DE JÁH!
Serena era pouco... só faltava perambular nas ruas como os legítimos "reegueiros"... só no pulinho Bob Marley!

Chego ao TJ.
Outra tarefa era fazer meu recadastramento no Banrisul.
Segunda-feira eu já havia solicitado e recebi a descartável informação que em 24hs estaria tudo atualizado.
Que nada!
Portanto, cansada da lentidão das máquinas e abduções de sistemas bancários fui até a minha agência e, solicitei para o subgerente meu recadastramento. Extremamente educado e beijoqueiro(sim, ele adora beijar todas as funcionárias...rsrs) confirmou o óbito da minha conta e disse:
“- Vou te encaminhar para as minhas estagiárias. Uma delas lhe fará o recadastramento!”
Concedi um sorriso afetuoso e seguimos em direção a três estagiárias estriquinadas no monitor. Todas apresentavam a mesma feição: mau-humor, testa franzida, ar de desvio mental.
Subgerente aproximou-se da primeira múmia estagiária:
“- Atende a nossa amiga aqui, ela precisa fazer o recadastramento.”
Múmia 1 resmungou:
“- Não posso to com duas contas aqui acertando.”
Subgerente aproximou-se, então, da segunda múmia estagiária:
“- então tu faz o recadastramento para ela? Pode ser?”
Múmia 2 não respondeu. Fazendo desdém de nossa presença continuou digitando. Até que ele foi mais severo e besta quadrada baforou:
“- eu também não posso!”; ótima resposta para quem, sim, havia ouvido a primeira pergunta
Literalmente, aborrecido, largou para a terceira múmia estagiária que, também, foi categórica:
“- Não! Eu não posso! To fazendo um monte de coisas!”
Eu olhava estarrecida com a surrealidade dos diálogos. Meu subgerente abriu o colarinho da camisa(achei até que se transformaria no legítimo homem-aranha ou super-homem, sei lá!) e chamou, em voz alta, o gerente do banco:
“- Oh Breeenooo! As três, aqui(e apontava para elas como de fosse um gladiador romano trucidando em praça pública as bruxas) não querem atender nossa cliente!”
Categórico, olhar de Simpson, largou:
“- Então elas vão para a rua agora mesmo!”
Numa fração de segundos, as três, como num ensaio teatral, ergueram as mãos e disseram:
“Ela pode sentar aqui!”, juntas, sentadas...rolando...
Aliviada, mas em choque, meus nervos na efervescência da brabeza eram abrandados, ainda, sob o efeito das massagens lexotânicas. Escolhi a múmia do meio e entreguei meus básicos documentos de cidadã.
A múmia mau-humorada, balbuciando palavras de rancor fez porcamente meu recadastramento. Numa espécie de funk da fome cantava:
“- to com fome! To com fome! Não almocei! to com fome! Não almocei! To com fome!” Até que a colega ao lado respondeu:
“-vai comer então!”
A melô do funk da fome, múmia estagiária do meio, disse:
“- não posso! To fazendo o recadastramento dela!”, nem olhando para mim pois fulminava o monitor de raiva.
Para a minha surpresa a múmia 3 largou a sórdida frase, o absurdo final:
“ – ENTÃO VAI ALMOÇAR! ELA ESPERA E TU VOLTA!”
Não acreditando no que ouvia, dentro do EGRÉGIO Tribunal de Justiça, presenciando três antas que deveriam passar, imediatamente, por uma “Igreja Universal do Bom Comportamento ao público” ou mesmo também, fazendo uma lavagem cerebral de qualidade padrão em bancos, eu consegui lexotânicamente, ficar MUDAAAA!
Definitivamente, eu mudei meu jeito de ser ... acho que antigamente eu era mais brava...
Resumindo: Isto é o Banrisul!
Somente, hoje2/6), consegui fazer o recadastramento com a decência e dados legais!

Outra:
Encontrei com o infeliz do meu revendedor numa cruzada da noite. Depois de tantas, sulepadas e difamações mentais ele me puxou e ergueu o braço num sinal visível de “mim quer falar com ocê!”
Virei a cara, na hora!
Mandei o EXÚ subir!

Outro atravessado:
Vulgo-dito-exibido-ex-cunhado chega e fala blasfêmias hipnóticas verbais sobre o Erick Strad! Mal ele sabia que já estava na missa de sétimo dia do coitado! Mas me atucanou, mentiu e babuinou comigo! Fiquei de cara! E eu ainda dei explicações. Eu me presto mesmo! Falei ate do Frei Damião rsrs
Sai, de cena, para não ter mais atravessados naquela madrugada!

Retornei a minha doce casa, deitei-me na enorme e gostosa cama. Já em ‘alfa” recebo o telefonema de outro atravessado querendo dar moral de cuecas. Acabou eu dizendo: “ahm ...sei..aham...sei...ahmmmm... sei... sei..aham...hummm ...tá ... sei...aham... sei... sei..aham...sei...ahem... sei...”
Percebendo minha abdução sonorífica; o abusado, vazou da Embratel...

Hoje, sairei com luva de Box para dar pauladas nestes atravessados...não tenho mais lexotan no corpo!

8 comentários:

Juliane Soska disse...

Teia de indicações???
Quem te indicou o Várias??
Dúvida no ar...
bj

Anônimo disse...

O Daniel! Nosso gerente do Hotel Básico, sabes? Acho que foi até num dos posts dele... agora não lembro... mas visito sempre as páginas de blogs dos meus amigos! Te confundi? Acho que não, né?
Beijo

Anônimo disse...

Looks nice! Awesome content. Good job guys.
»

Petulantia disse...

É por isso que já me libertei deste banco há anos...sia prá lá coisa ruim!!!!!!!!
ui!

sateliteabduzido.blogspot.com disse...

Nossa! Que honra ler tuas palavras gerente do hotel! Saudades suas, sabia? Bom... sobre o Banrisul eu logo lembrei de ti sobre este mundo xôxo de cifras, aparências e fazeção de gente sem um pingo de espiritualidade com o próximo. e o pior que dependemos desta joça. Vou me emocionar falando nisto...
Mas valeu! te adoro!
BebÊ!!! minha doce e rebelde BB! dá o veredito para sair desta coisa ruim!
bjo
Tava ótima a nossa janta, né?

Anônimo disse...

economize sacola... sacola plastica eh lixo...

Anônimo disse...

Ps.: Gostei o blog!! :))

Anônimo disse...

Super color scheme, I like it! Good job. Go on.
»

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" Intrigar, provocar, emocionar e não deixar que a palavra seja somente palavra. A palavra é muito ambiciosa, acredita que é mais importante do que aquilo que nomeia. A palavra serve ao poder quando é no despoder que abrimos a guarda. Exerce hipnose de dicionário e enreda poetas na metalinguagem. A palavra é a vaidade de dizer, mas só existe porque o silêncio ainda não é paz. Sou desconfiado com a palavra. Um poema se faz pela falta de palavras. Quanto mais próximos chegamos do toque, do afago, mais estaremos dizendo. "

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