Meus cinco sentidos circulam na órbita da surrealidade dos sonhos... Gostaria de interpretá-los??
quinta-feira, abril 19, 2007
Aviso!!!
terça-feira, abril 17, 2007
Para você, meu filho...
JOÃO VICENTE
É meu filho! Chegou a hora de falar o que há muitos anos pulsa em mim.
Falar e confessar a ti, meu amado João Vicente, o quanto eu desejei a tua chegada em minha vida.
Tudo começou, na adolescência, quando conheci uma linda menina de nome Sofia. Ali, conclui que queria um dia, ser mãe. Tinha apenas 17 anos. Idade precoce para idealizar a maternidade. Então, tua mãezinha foi se atarefando com outros quesitos da vida: estudou muito, respeitou a sua família(seus avós e tios), fez muita festa e descobriu que amava a cultura africanista. Praticou por sete anos a capoeira e, somado aos ritmos percussionistas, conheceu o samba. Se enfeitiçou de tal forma que, depois de formada- já jornalista, adentrou no mundo do samba portoalegrense.
O ano? 1999. Não sabia que, na terra dos pampas, existia uma comunidade com costumes e musicalidade carioca. O Rio de Janeiro era, de certa forma, representado por tribos sambísticas daqui, da tua terra meu filho. Da tua cidade chamada Porto Alegre!
Adoradora de percussão, mais precisamente, pelo pandeiro, tua mãe começou, homeopaticamente, a tocar e freqüentar, de modo maroto e sadio, as respeitosas rodas da velha guarda gaúcha. Conheceu este mundo e não largou mais.
E veio o ano de 2000. Era um ano que prometia várias mudanças sociais no país: no nosso Brasil, meu amado. A sociedade-principalmente a carioca, queria dar um basta na violência das ruas.
A noticia moveu todas as regiões do país no mês de julho. E neste mesmo mês, a tua mãe foi ao aniversário de uma sambista muito pitoresca, daqui, do Sul. Era o aniversário de sua amiga Anete, apelidada por tua mãezinha de “Porta-Voz do Samba”!
A data da festa?
A maioria dos convidados presentes estavam de branco!
O cenário ficou lindo.
O branco é a união de todas as cores(é vida meu filho, é paz...);
Em seguida teu pai pediu para dançar. Sem hesitar, dancei.
Era a despedida de que teríamos que aprender, e muito, com Deus. Apareceram os encontros, os desencontros e a pausa do destino.
Cada um foi para o seu lado, na virada do ano novo; o ano de 2001. Ali houve uma pausa, do destino, fazendo que, tanto a tua mãezinha e o teu pai seguissem caminhos diferentes.
Nos reencontramos, então, em 2005.
Depois de cinco anos eu reencontrei o teu pai!!!
No começo achei que não era coisa do destino. Que Deus já havia posto ele no meu caminho e que, neste ano, não teria mais nada a tratar com o teu pai.
Estava enganada.
Tua mãe não sabe explicar o porquê.
Nada, na Vida, acontece por acaso.
Deus soube a hora certa, para declarar um marco na minha vida. A “Mãe Natureza” também é sábia e, não se engana!
Em 2006, entre acordes e melodias, entre beijos e fugas de amor com teu pai, veio a surpresa:
Tu estavas concebido e abençoado por Deus, no ventre da tua mãe.
Foi uma surpresa!
Como, quando, onde e por quê?
Ninguém decide nosso destino, meu filho!
Temos a benção dos anjos, o aval da natureza e o registro de que Deus(somente Deus!) sabe a exata hora de mudarmos nossas vidas.
Tu vieste para ficar, para me dar muito felicidade, João Vicente!
Viestes para preencher um vazio que cultivei desde a minha adolescência, ou melhor, desde quando brincava com minhas bonecas, ainda menina, desejando um dia, ser Mãe!
Hoje eu me orgulho, e muito, de ti, meu adorável filho!
És fruto de que nada é por acaso. És a prova viva, que correrá pelos corredores de minha casa, de que um dia o amor existiu, de fato, na vida da tua mãe!
Te amo, meu filho, mais que tudo nesta vida! Para o todo e sempre, eterno João Vicente, meu filho!
quarta-feira, abril 11, 2007
Meu Chá de Fraldas
Planejei a lista dos presentes e fiz os convites.
“- Mas vem cá, é casamento ou chá de fraldas?!??”
Eu sorria e brincava:
“ - Quase um casamento!”
O mês de março chegou e minha família estava a mil.
Chegou o grande dia!
Na porta do salão de festas, o coelhinho da Páscoa já dizia:
“Seja bem-vindo João Vicente”.
Bichinhos de pelúcias foram expostos e pendurados no teto. Balões preenchiam cada detalhe do ambiente. Até bandeira do Sport Club Internacional decorou a entrada dos banheiros! Delicadas lembranças, feitas a mão, por minhas eternas guerreiras Pati e Ivana(sempre, é claro!- sob supervisão do esperto sobrinho Mateus), foram arduamente lapidadas e elaboradas para serem distribuídas ao final do encontro!
Uma correria sem fim, uma entrega total que faziam meus olhos percorrerem incansáveis imaginações de como agradecer.
E não conseguia...
Oito meses de gestação me fizeram, um pouco, falida de atos.
As ajudas foram valiosas! Tinha(como haveria de esquecer) as fiéis escudeiras do condomínio Cristal da Lagoa: Ana e sua filha, Thaís. Estas deram braços e pernas para as armaduras da tarde, junto à minha família. Foram guardiães em colaborar para que tudo desse certo para o encontro.
Eu ficaria, aqui, horas escrevendo o quão foram importantes as ajudas destas amigas.
De 130 convidadas, 65 compareceram ao local.
quinta-feira, abril 05, 2007
Pequenos atos, grandes prazeres
Depois de alguns contratempos, que me fizeram tirar a paz interior, resolvi brindar o que muitas vezes, nem conseguimos expressar o quão são valiosos. Foram fatos que me fizeram parar pra reavaliar – mais uma vez – algumas questões.
Passei, então, a perceber pequenos e habituais prazeres da vida...
Percebi o quão é gratificante, depois de um dia tórrido da Forno Alegre, chegar em casa e tomar um bom banho gelado para depois, curtir deitada vagando com um controle remoto, os canais televisivos.
Adormecer, na sua própria cama, enlaçada com vários travesseiros... Algo ‘muito nosso’!
Bater a vontade de comer ‘aquela comida’ e ir para a cozinha fazer(a realização gastronômica é bárbara!).
Beijar a boca mais intrigante e sensual do mundo. Sentir, junto a esta alquimia salivar, as mãos percorrendo seu rosto, elevando simultaneamente os cabelos para sustentar, aquilo, que chamamos de desejo a um beijo único e raro!
Algo sem regras numéricas de tempo...
Até porque, são nestas horas que o tempo pára, literalmente...
Ahhh... os cinco sentidos... Todos tem o seu valor...Ouvir, cheirar, provar, sentir e ver... Interaja eles num só momento sublime pra ver que sensação surreal transmite. É inexplicável!
Rever um álbum da infância( o pensamento vira um Trem Bala)!
Eu poderia ficar horas pensando sobre outras coisas assim. Só que to assim hoje... melancólica... zumbizinho da noite... saudosa... Por enquanto sou eu e o silêncio. Dentre alguns dias terei outras sinfonias, outros momentos que ocuparão o que chamo de curto-circuito da razão. Preciso valorizar o que ta a minha volta e não a distância.
Mas um dia serei ‘grande, o suficiente’ e não reclamarei de pequenos problemas...
Grandes felicidades eu já tenho e lembro-me sempre de agradecer a Deus por elas.
Obrigada, Senhor, sou feliz.