Fim de semana é sempre visto como algo desejado e esperado já que nossos dias são regados de regras e horários a cumprir.
E este final de semana foi mais que esperado. Teve de tudo sadiamente dizendo: realizações e surpresas foram uma das muitas sensações que tive. Tirando o calor que já anuncia um verão babilônico; o domingo também foi regado de melodias e saudosismos.
Fui ao Gasômetro – ponto turístico dos porto-alegrenses que se juntam para tomarem um chimarrão e curtir um espaço que abrange caminhadas, vista do pôr-do-sol do Guaíba e várias outras manifestações culturais. Eu estava lá para assistir uma apresentação do Mestre Monarco da Portela - entidade do samba que ainda reluz e encanta nestes palcos da vida.
E onde tem uma estrela portelense do samba, tem sambistas sedentos de canto e sinfonia! Era um povo muito alegre que freqüentava aquele lugar.
Gente que canta poesia e histórias de vida imantadas de grandes emoções.
O samba exala poesia; no repertório teve: Luiz Carlos da Vila, Cartola, Pixinguinha e Lupicínio Rodrigues.
Foi o maior sarau sambístico que já havia ouvido nos últimos tempos. E no melhor estilo! Bem informal e artesanal.
Nas apresentações e ‘palhinhas’ estavam figuras típicas do samba gaúcho: Alemão Charles, Chimia, Tuta e muitos amigos como Xexéu do pandeiro, Kako e Duda. O que não esperava era a presença ilustre de um rapaz. Nada menos que o bandolinista Henry Lentino. Fiquei embasbacada com a sua apresentação e talento.
Meu Deus! QUE DOM!!! - pensei.
O público vibrou e eu me encantei.
É incrível mas o ditado faz jus mesmo: Quem canta seus males encanta!
Como a música move a minha vida e me revigora com energias positivas.
Vá explicar... Foi uma energia ímpar algo que só quem viu saberá confirmar!