sábado, fevereiro 02, 2008

O retorno da mana a Campinas/SP








Isto foi na despedida de minha irmã. Foi na primeira semana de janeiro. Nem lembro qual data. Escrevi e guardei. Resolvi postar....


Abaixo, o que senti no dia da despedida...

E hoje, o nó na garganta foi foda... Ver a despedida de minha irmã na casa de meus pais foi cruel. Demorei minutos lá dentro, tinha que trabalhar, levar JV pra creche enfim, os poucos minutos; pareciam horas. O clima tava sadiamente dizendo, de velório. Aliás, todo mundo tenso. Hora para não perder a viagem, almoço antecipado e minha mãe, estática com a realidade. Viagem a São Paulo, seu novo lar. Lá foi a Pati para Campinas, aprumar sua vida; engatar a terceira marcha do seu destino! Espero que a quarta marcha seja o retorno definitivo a Porto Alegre(deixa eu sonhar, viu?). Mas doeu, sabe? Ver a dor de minha mãe ao se despedir dela. Eu fiquei sem reação pois hoje, não penso em mim e, sim, no meu filho. E percebi que o João Vicente não entendeu ver aquele rosto da vovó molhado de lágrimas. O abraço que a minha mãe me deu, corroeu com a minha "cara de paisagem". Eu me segurei, não porque não queria demonstrar, pelo contrário. Mas entre dois sentimentos preferi ver a minha irmã rumar feliz para a sua vida de casada e não pelo meu egoísmo de vê-la toda vez que fosse visitar meus pais. Então, tratei de tirar o João logo daquele momento de despedida. Fui breve, um abraço e uma "boa viagem", já agendando a visita dela para o aniversário de seu afilhado. Clima tenso. Agora, neste computador, nesta tarde quente que vejo pela janela afora, e no gélido de minha sala sinto a dor e o vazio de não poder, nestes próximos meses dar ....sei lá... um "oi", sorrir, discutir, brincar e sair com a atrapalhada pati. Fazer o quê, né?
Eu sou a prova viva que nem tudo sai como a gente quer! Nada se pede ou se obriga! Tudo se realiza pela conquista do tempo, do gesto enfim, do amor!

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ASSIM...

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

Clarice Lispector


FRASES QUE GOSTO:

O que é a palavra por Fabrício Carpinejar:

" Intrigar, provocar, emocionar e não deixar que a palavra seja somente palavra. A palavra é muito ambiciosa, acredita que é mais importante do que aquilo que nomeia. A palavra serve ao poder quando é no despoder que abrimos a guarda. Exerce hipnose de dicionário e enreda poetas na metalinguagem. A palavra é a vaidade de dizer, mas só existe porque o silêncio ainda não é paz. Sou desconfiado com a palavra. Um poema se faz pela falta de palavras. Quanto mais próximos chegamos do toque, do afago, mais estaremos dizendo. "

“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós; deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito, mas há os que não levam nada; há os que deixam muito, mas há os que não deixam nada.
Esta, é a maior responsabilidade de nossa vida e prova evidente de que duas almas não se encontram por caso” (A. de Saint-Exupéry)


"Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te." Friedrich Nieztsche

"E se me achar esquisita, respeite também, até eu fui obrigada a me respeitar." Clarice Lispector

"O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são." Friedrich Nieztsche

"A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo."

"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca." Clarice Lispector

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