terça-feira, abril 25, 2006

Eu perante a imagem de São Jorge


Domingo(23/4). Como relatei no post abaixo, ontem, era dia de agradecer a São Jorge!

Combinei com a Cris nossa ida a missa.

No carro, conversávamos sobre a Vida, sobre as festas, relações. Do nada, um aglomerado de motos e carros da Brigada Militar sinalizaram atentamente a passagem de uma ‘comitiva’ de Ogum!

Carros com balões verdes, vermelhos e brancos passavam buzinando e acenando para o público presente. Imagem de Ogum foi o “carro chefe”. Destino? Zona Sul.

Nos olhamos e exclamamos:

“- Dia de São Jorge! Festa de Ogum!”, rimos com a situação do local.

Eufóricas com aquela passeata aguardávamos o sinal “de ok” do pelotão da brigada. Minutos depois, a avenida foi liberada.

Seguimos rumo a Igreja de São Jorge, que fica na avenida Bento Gonçalves.

Ao chegarmos, impressionei-me com a quantidade de conhecidos(sambistas tava em massa) e com a fé da multidão que se aglomerava pacificamente dentro da igreja. A grande maioria, carregava a famosa “espada de São Jorge”. Eu, quase abduzida pela magia daquele cenário de fé e devoção não exclamava um diálogo plausível com a Cris. Queria olhar, olhar e olhar...observar tudo a minha volta. Loucura... tudo novo e sensações novas...

Compramos fitinhas, escapulários e camisetas. Estávamos, cada qual, com seu santo na bolsa.

Tudo pela benção!

O desafio era aguardar, na fila, a benção de quatro padres que organizavam uma fila nada correta rsrs. Claro, que o nosso padre ‘escolhido’ era o da fila que menos andava.

Mas, naquele momento, nada importava no quesito pressa. Estávamos ali, caladas... observadoras das imagens daquela casa de Deus, do movimento das pessoas, dos fatos que ocorriam ali dentro.

O silêncio nos tomava, de vez em quando.

Do nada, sentimos que o chão vibrava.

Intrigadas, comentamos a estranha vibração. Deduzi que poderia ser da avenida sei lá o quê...

Continuamos na fila.

À direita, da igreja, a imagem de São Jorge gigantesca.

Fiéis, com todos os tipos de objetos, aguardavam expor, enfim, mostrar os seus objetos, pessoais, para ser tocado e abençoado no manto de São Jorge. Vimos motoqueiros erguendo capacetes, homens com chaves, mulheres com roupas e crianças no colo e, muita, mas muitas espadas de São Jorge e sua imagem nas mãos destes fervorosos devotos.

É bonito ver, sabiam?

Continuava na fila.

Demorada, suada.

E veio.

Veio a minha vez de receber a benção do padre.

Com meu santo nas mãos, fitas e adereços de São Jorge, desabafei:

Contei, rapidamente, o motivo que me levara até aquela igreja, os sinais, a mudança radical de meu destino.

Com o olhar sereno, este sarcedote de Cristo, benzeu o que estava em minhas mãos e passou a rezar, em voz baixa, palavras lindas, com suas mãos em minha cabeça.

Do nada, senti meu corpo pesar e passei a ter uma sensação de anestesia geral.

No término da benção, estava numa espécie de “estado de graça”.

Não era tristeza... Porém, as lágrimas vieram sem a minha permissão.

Chorei muito. Fui até ao altar e rezei. Não sei explicar esta emoção. Mas me comoveu, de tal forma, que fiquei visivelmente encabulada por ter sentido este tremor de lágrimas incessantes.

Aproximei-me da imagem de São Jorge, e pedi, para as freiras voluntárias, naquele momento, que encostaessem as fitas, camiseta e imagem no manto do santo. Abençoados acabei ganhando, delas, uma ‘espada’ e uma rosa.

Passei o resto do domingo, plastificada com aquele momento. Absorta com as sensações que me ocorreram. Mágico...

Foi minha devoção a Ele.

Lembro que pedi, agradeci a tantas fatos, que hoje, surpreendentemente, recebi meu primeiro SINAL de que Ele existe!

Religião sei que não se discute!!!

Fé é sempre fé.

Me sinto inflada espiritualmente.

Estou em paz...

Foi um domingo que guardarei para o resto de minha Vida.

OBS:

Ah, esqueci de contar sobre aquela “vibração”, no chão.

Eu e Cris, ao sairmos da igreja, percebemos um aglomerado de gente subindo e descendo uma escadaria que levava ao ‘porão’ da Casa.

Vocês não vão acreditar!

Havia uma festa, com direito a bolo, pastéis, cerveja e muito ‘vanerão’ musical. Engraçado, não?

Os fiéis estavam felizes.

Eu, estava me restabelecendo da emoção da benção.

Repetindo:

FOI INESQUECÍVEL! Amém!

6 comentários:

Anônimo disse...

Fabi, eu estive na Igreja um dia antes para agradecer as graças que Ele vem derramando em nossas vida.
Estou com saudades, não nos falamos mais, mas tu sabe que eu sempre te levo no meu coração.
super beijo.
6/7

Petulantia disse...

eu confundi tudo. tecla SAP urgenteeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!
ui, meu loiros aí ó....
bj

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6/7 puxa que saudades...

Anônimo disse...

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»

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"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

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" Intrigar, provocar, emocionar e não deixar que a palavra seja somente palavra. A palavra é muito ambiciosa, acredita que é mais importante do que aquilo que nomeia. A palavra serve ao poder quando é no despoder que abrimos a guarda. Exerce hipnose de dicionário e enreda poetas na metalinguagem. A palavra é a vaidade de dizer, mas só existe porque o silêncio ainda não é paz. Sou desconfiado com a palavra. Um poema se faz pela falta de palavras. Quanto mais próximos chegamos do toque, do afago, mais estaremos dizendo. "

“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós; deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito, mas há os que não levam nada; há os que deixam muito, mas há os que não deixam nada.
Esta, é a maior responsabilidade de nossa vida e prova evidente de que duas almas não se encontram por caso” (A. de Saint-Exupéry)


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