sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Presentão virtual no blog da Fernanda!




Com muita alegria, e lisonjeada pela divulgação, leio, de surpresa, o blog da Fernanda Zaffari no site da Zero Hora (http://www.zh.com.br/).


Semana passada, lia no blog da Fernanda sobre a beleza de ser mãe! O post “As Letícias” falava sobre a futura mamãe Letícia Wierzchowski, grávida do segundo filho, e sobre a fotógrafa Letícia Remião, que registrou este momento “Yummy Mummies” da escritora.


Aliás, este foi o tema do Caderno Donna, da ZH da semana passada.


Baseada nisto, mandei um comentário sobre a beleza e a bênção de ser mãe! Enviei o meu relato sobre o nascimento do João Vicente, que postei no mês de dezembro com o título “Que venha 2008”!
Fui surpreendida - e confesso que fiquei muito, mas muito feliz -, quando vi a divulgação do meu blog no Blog da Fernanda. Abaixo o comentário do BLOG DA FERNANDA!
Obrigada pelo presentão virtual!

"
Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Mamãe coruja
Mamãe coruja com o João Vicente Foto: Arquivo Pessoal
A coluna de estréia sobre as Yummy Mummies, semana passada, no caderno Donna ZH, gerou muitos comentários de pais, mães, grávidas e até vovôs.
Um desses comentários, divido aqui com vocês. A Fabiana de Carvalho Fernandes, mãe do João Vicente, tem um blog e escreveu um texto sobre o nascimento dele.
Tá na rede:
www.sateliteabduzido.blogspot.com "
A pedido, para facilitar, estou anexando o texto que deu origem ao comentário da Fernanda Zaffari em seu blog. Eis o texto postado em dezembro passado:
Que venha 2008!

Quando caminhava em passos desajeitados, com tantos caninhos de soro e assemelhados para aquela sala fria e iluminada, meus pensamentos pareciam que trabalhavam, de certa forma, com interferências e pausas seguidas de flashs.
Eram as imagens que corriam estranhamente em meus olhos.
De forma gradual, travada do verbo devido à emoção, colhia as informações ditadas a mim por um grupo de homens e mulheres trajados da cor azul. Um a um se apresentava a mim explicando as suas funções e me abrandando com palavras de conforto e força. Estava frente à frente com aqueles seres de toucas, luvas, máscaras, e sentindo, ao mesmo tempo, o gélido ambiente.
Algo especial estava para mudar a minha vida.
Não ensaiei... Porém, me conduzia de forma enigmática à maca, movendo meu corpo, orientada e hipnotizada pelas vozes dos que me rodeavam.
Refletores, aparelhos de tudo que é tipo, e um “buffet” de instrumentos cirúrgicos.
Era a hora!!! Era o grande dia de conhecer o MEU FILHO JOÃO VICENTE!
Perdi a noção do tempo, o raciocínio de contabilizar os minutos, que corriam num relógio bem próximo de mim.
Uma das mulheres mascaradas, num certo momento, falou: “- Vou ajudar o Norberto! O João Vicente tá chegando. Tá encolhidinho feito uma conchinha de mar, mas tá chegando, MÃEZINHA!”
Minhas pálpebras apenas concordaram os rituais de todas aquelas informações.
Me sentia tranqüila, meio sonolenta, talvez devido à medicação e à anestesia.
Minutos depois, mais uma notícia: “ – E ele é pequeno, Fabiana!”
Absorvida a frase, meus olhos percorriam no imaginário o que tinha ouvido: “... e ele é pequeno!!!”...
Em seguida, naquele silêncio, o primeiro som. Era o primeiro choro que ouvia de meu filho.
Engraçado, eu sabia que não estava numa praia, em plena virada de ano. No entanto, o Reveillon-2007 iniciava naquela sala iluminada... naquela noite.
A sensação de fogos de artifício, luzes, respirar o ar mais puro, e ter a certeza de que a presença de Deus estava ali, do meu lado, era algo surreal.
A emoção é, sinceramente, indescritível.
Veio a tão sonhada apresentação de meu filho. Já de rosto virado para o lado direito, ansiava em vê-lo!
Chegou nos braços de minha prima Gisele, com 45cm e 2285kg. Um pacotinho de Deus, nascido às 20h49min do dia 23 de Abril de 2007. Dia de São Jorge, seu eterno protetor e guerreiro.
Seus olhos já eram serenos e de uma observação ímpar em desbravar seu novo mundo.
Foram segundos que ficamos estaqueados, nos olhando, que duram (e durarão) até hoje, na memória de meu coração.
Foi a presença espiritual e carnal, o elo de Deus, o carma de mais um vida, o fruto de um verdadeiro amor!
Enfim, tudo isto e muito mais se resumia naquele momento. Olhar para aqueles olhinhos de jabuticaba abertos, atentos e angelicais.
Mãe e filho!!! Quer melhor presente para mim em 2007?
Depois de tantas pedras em meu caminho, encontrei o melhor da vida! Me despeço de 2007 colhendo e sorvendo o mais especial deste dia, que marcou a minha vida para sempre.
Hoje sei que o caminho foi designado, que aventuras inúmeras terei no trilhar de meu filho. Só peço a Deus a bênção e a proteção.
Agradeço a todos amigos, colegas de trabalho, vizinhos e até aqueles estranhos que, sorrateiramente, me deram a força e a fé, em gestos, palavras e sinais.
À minha família, que abraçou, sem pestanejar, minhas derrotas, inseguranças e angústias.
Nas empreitadas que trilhei, a todos estes que convivem e conviveram comigo, o carinho e alegria que me deram nos momentos que mais precisei, e que alegraram mais ainda este ano poderoso que foi 2007.
Que venha 2008 PARA TODOS NÓS, ABENÇOADO POR DEUS!
Com carinho, Fabiana e João Vicente!

sábado, fevereiro 09, 2008

S ALADA MISTA DAS LEMBRANÇAS LAGUNENSES...



Desvios, buracos, sinalizações sinistras e um clima não muito apropriado para viagens . O temporal era assustador. Saímos rumo a Laguna/SC numa sexta-feira ensolarada de Porto Alegre, para depararmos com estradas em obras, vias paradas devido aos acidentes e, de brinde, uma chuva. Graças a Deus nada nos aconteceu. Confesso, tenho trauma da BR101. Chegamos à tão esperada cidade natal de meu pai já a noitinha. Fazia tempo que não ia na minha cidade de coração. Toda a minha infância e adolescência eu curti lá.

São tantas histórias...

É como se fosse uma salada mista de imagens, momentos que a saudade me fez lembrar. Tem lugares que lembro dos cheiros, do vento enfim, de muitos personagens. Foi assim que senti logo que entrei na cidade. Passei por cada casa e lembrava de quem ali, morava. Um por um; casa por casa(óbvio que não todas). Relembrei meus nove anos, 13, 17... 22 anos ihhhhhhhhh tantos momentos!

Todos especiais!!!!!

A maioria de minhas amigas estão, hoje, casadas. Muitas, residindo em outras cidades e até, em outros países.

Ficaram, portanto, as lembranças.

E quantas lembranças...

Tudo era motivo de olhar, parar com o que se estava fazendo para apenas curtir os cinco sentidos!

Sim!

Lá , meus cinco sentidos foram reativados para lembrar décadas vividas naquela cidade. Como por exemplo, tem sabores que não tem aqui(o modo que temperam as carnes, peixes, arroz e até a farofa); os cheiros(ah...o cheiro da maresia , o vento melado embalado pelo mar) , a ‘queima-roupa’ sonora de ouvir músicas, sons que só existem na memória de minha adolescência.

Eu viajei literalmente.
Dormir na casa da famosa tia Betinha, também, me fez lembrar tantos momentos. Na infância, eu e meus primos chegávamos a brigar em quem tomava banho primeiro depois de subir o morro. Era a famosa volta da praia com buraco no estômago! A areia molhada no ralo do banheiro, as confidências femininas das primas nestes mesmos, eram hilárias.

E na hora de dormir? O quarto escuro, os vários colchões e o buchicho de quem insistia ser amigo da insônia. As primas tinha sempre histórias para contar...

Agora, nesta minha última visita à casa da tia, senti - não me chamem de louca nem de parapsicóloga- o cheiro dos talcos de minha centenária e falecida avó Almerinda Bittencourt! A legítima Anita Garibaldi da família!

Acreditam?

Pois é... que loucura isto! O sentido Olfato foi ativado de minhas lembranças Foi muito gostoso ficar lá tendo, ainda, esta mesma sensação. Só faltaram as primas nos quartos.

Ouvi os sinos da igreja seguido da batucada das escolas de samba .

Caramba!!!

Até isto!!!???!!! Até isto eu fiz: desfilei na Escola de Samba Democrata em 1988. Foi divino! Não nego o sangue sambista nas veias!

Nossa ! Tudo me vem na memória...

Se eu contar tudo que passou em minha cabeça ao rever esta cidade, daria um livro . Sério! Lembranças muito bem guardadas na minha memória e no meu coração! Épocas boas que não voltam mais!
E lá vem mais imagens: O clássico de chegar na esquina do morro para pedir carona! Ahahah Quem já não fez! ?! Coisa de cidade do interior hi hi hi
Já ns noites de confete e serpentina não faltavam as típicas brigas. E brigas de clubes; nos salões... Era um corre-corre! Surgiam os primos e amigos trajados de chinocas e bêbados. Todos recalcados em não serem mulheres

– Aliás, questão masculina e tópico para se discutir mais tarde: - Porque os homens adoram se vestir de mulher?
Reviver isto ficou mais evidente pois senti vontade de contar para a minha amiga. Eu relatava os lugares que passei, os esconderijos, os momentos de cada pedacinho daquelas ruas onde protagonizei amores de praia. Andar por elas, fez-me reviver os tempos de carnavais , os invernos fantasmagóricos...

Aliás, naquele tempo, o carnaval era diferente! Não era este meio "paraguaio -baiano " que toca nos quatro costados. Não que esteja desmerecendo . Mas falo das saudosas marchinhas carnavalescas, dos clubes, onde todos dançavam em círculo, pelo salão, deixando vesgo até o moço e a moça mais bonita da noite!

E o lança - perfume!?! Atire a primeira pedra quem nunca experimentou! Elicóptero? Não? BUMMM! Os “tetos” que davam na galera chegavam a ser cômicos.

Os clubes Blonden e Congresso são um marco de meus carnavais. Lá eu passei os melhores de minha vida. Entrava de sócia do clube com a carteirinha de minha prima Luciana. Somos parecidas até hoje, sabiam? Era fácil enganar. A carteirinha era jogada, na rua ao lado, pela janela.

E eu me divertia.

Também, não vou desmerecer os famosos trios elétricos, que viraram febre, na a praia do Mar Grosso!

Tudo era bom.

Ai meus sais...

Deu vontade de relembrar mais.

Mas fica por aqui mesmo... é muita coisa, realmente daria um livro!

E ainda mostrei, pela primeira vez, esta terra açoriana para o meu filho, João Vicente! Ele amou!!!
Terra boa...

terça-feira, fevereiro 05, 2008

36 anos








Meus 36 anos foram comemorados junto a minha linda família! Todos fomos para uma churrascaria e, a tarde, esperei a visita de quem lembrasse de mim! A surpresa foi grande pois tive a visita dinossáurica da Lica(mamãe novamente, gravidinha de 5 meses) e sua família, da Márcia amiga de minha irmã(e minha também heheheh) que deu uma linda medalhinha de ouro com as iniciais do João Vicente - JV! Ianes, Deizi e Alexandre, primas, e tios. Fora as ligações e scrapts do orkut! Agradeço a todos! Eu passei o carnaval de plantão. Plantão em ver o meu filho se recuperar de uma gripe que ameaçou desabrochar uma bronquite! Graças a Deus ele está bem. Ganhei o carnaval como tempo dedicado integralmente para ver meu filho bem. Sim, porque hoje, se o meu filho estiver mal eu fico literalmente vulnerável. Fico triste e angustiada. Ele só tá é muito manhoso. Por estar gripadinho pediu por demais o meu colo, meus afagos. Não me deu folga! Mas esta é a minha missão que mais me dá sentindo em viver! Ver a alegria e as estripulias do meu JV! Papai e família ligaram, também, da praia, para saber se ele tava bem! Ufa! Quanta correria! Amanhã volta tudo ao normal! E a corrida do dia-a-dia; é a labuta em sobreviver como cidadã! Credo! rsrs

Aqui, um registro destes seres especiais!

sábado, fevereiro 02, 2008

Moinhos de ventos e tempos...


"Às vezes, é preciso mesmo acordar da rotina do mundo, olhar a volta e enxergar além da vitrine. É difícil conseguir sair do emaranhado dessas expectativas que a gente mesmo e a sociedade nos impõe. Mas quando isso acontece, o peito se enche daquela sensação plena de que você é e tem tudo para ser feliz...e pra mim... esse é o segredo."

Vento veloz, destino louco!

Amigos do samba, amigos de tempos...







Quero agradecer o amor e a fidelidade de meus amigos, do samba, jornal, capoeira, vizinho... ex-vizinhos. No entanto, o que me chamou a atenção são os amigos do samba. Mesmo afastada, por motivos maternais, recebo semanalmente visitas, telefonemas e e-mails! Ninguém se 'afastou naturalmente"(até porque minha turma é de década homeopáticamente trabalhadas, garimpadas e não de época ou fases). Todos estão compreendendo este meu momento único, mas acabam perguntando onde estou ou melhor, recebendo saudosas visitas! Querem que participe de rodas de samba com os da velha-guarda gaúcha! Um dia eu volto gente! Não prometo datas! Mas agradeço desde já o carinho de todos! São de fé e provaram que a minha ausência não tirou, meu jeito abduzido, da lembrança destes bambistas. Também... são onze anos de samba no Sul que os conheço. Conquistei de modo natural e nunca forçado desta tribo! Onde um me visita ou liga diz: 'Fulana perguntou por ti. Beltrano quer saber de ti!"
Obrigada!!!
Eu volto! Mas ando, ultimamente, em "outras esquinas", em outras paradas, todas, gratificantes, junto ao meu filho! Ele já tá bem grandinho, ensaiando bem o gogó! Quem sabe mais tarde! Agora eu quero paz.
E este meu silêncio, junto com a aproximação de duas lindas famílias, tem feito um bem enorme para mim e para meu filho!
É tempo
Tem hora!

O Ex-amor, segundo Sant'Ana


Pra variar li no Blog do Sant'Ana. O cara é fera. Eu li e me identifiquei por todo o histórico do meu destino! Então, gostaria de compartilhar e guardar estas lindas palavras deste gênio-poeta-rabujento!



"O ex-amor
Não há sensação mais assustadora do que reencontrar-se depois de muitos anos, em qualquer lugar, com alguém que foi o nosso grande e insubstituível amor.
De repente, num restaurante, num bar, numa festa, na rua, topamos com aquela mulher ou aquele homem que julgávamos seria inseparável das nossas vidas - e que pelos caprichos da existência tornou-se apenas numa vaga lembrança, afastada do nosso caminho, tornada desimportante pelo novo rumo que enveredamos.
Mas está ali presente, ao nosso lado, às vezes até conversando conosco, aquela pessoa que era a razão da nossa existência.
Somos então tomados invariavelmente por uma náusea. Algo assim que atinge os que fazem regressão e voltam a vidas passadas. Aquele grande ex-amor afirma que tínhamos outra identidade, embora fôssemos nós mesmos.
Sucedem-se em nossa alma então as mais variadas e contraditórias emoções, desde o arrependimento e o remorso até a vergonha e o desvario.
Imediatamente, assalta-nos a quase certeza de que as outras pessoas que sucederam àquele grande ex-amor em nosso coração e em nossa vida não passaram de invasoras e intrusas, posseiras espoliadoras de algo ou de alguém que não lhes pertencia, tomado à força do legítimo dono.
E um profundo tédio nos domina, uma melancolia de danar a alma, uma dor do ideal perdido, do amor que se finou sem ter-se concluído, um imenso desperdício, um abismo de sonho desfeito, um mal que a gente fez a si próprio sem querer, uma culpa tremenda pela tristeza do que se acabou sendo e o libelo do que se deixou de ser.
A vida tinha que nos poupar do reencontro com o ex-amor. Não há mal que mais nos vergaste que os sonhos frustrados, a lembrança do que tinha de ser e evaporou-se nas sombras, do querido e não conseguido, do palpável e não tocado, do atingível e não resultado.
E ficamos a contabilizar os nossos danos e a imaginar os danos que causamos àquela pessoa que como um fantasma agora vem nos acusar. Que dor!
A dor do destino que não se traçou, da viagem naufragada contra os rochedos, embora a bússola nos advertisse sem sucesso.
O sentimento de autotraição, covardia, um chute na lucidez, a irrecuperável derrota da energia desaproveitada.
Poupe-nos a vida de nos reencontrarmos com os nossos ex-amores. Nós que tanto driblamos a sua recordação, que por autopiedade fingimos que os esquecemos, tentando cultuar novos valores.
Mas que diabo, cedo ou tarde verificamos que aquela ferida ainda sangra e, na melhor das hipóteses, se no futuro não for de novo pelos reencontros remexida, ainda assim se tornará numa inocultável e horrenda cicatriz.
A cicatriz da marca de ferro em brasa no pêlo e couro das cavalgaduras."

O retorno da mana a Campinas/SP








Isto foi na despedida de minha irmã. Foi na primeira semana de janeiro. Nem lembro qual data. Escrevi e guardei. Resolvi postar....


Abaixo, o que senti no dia da despedida...

E hoje, o nó na garganta foi foda... Ver a despedida de minha irmã na casa de meus pais foi cruel. Demorei minutos lá dentro, tinha que trabalhar, levar JV pra creche enfim, os poucos minutos; pareciam horas. O clima tava sadiamente dizendo, de velório. Aliás, todo mundo tenso. Hora para não perder a viagem, almoço antecipado e minha mãe, estática com a realidade. Viagem a São Paulo, seu novo lar. Lá foi a Pati para Campinas, aprumar sua vida; engatar a terceira marcha do seu destino! Espero que a quarta marcha seja o retorno definitivo a Porto Alegre(deixa eu sonhar, viu?). Mas doeu, sabe? Ver a dor de minha mãe ao se despedir dela. Eu fiquei sem reação pois hoje, não penso em mim e, sim, no meu filho. E percebi que o João Vicente não entendeu ver aquele rosto da vovó molhado de lágrimas. O abraço que a minha mãe me deu, corroeu com a minha "cara de paisagem". Eu me segurei, não porque não queria demonstrar, pelo contrário. Mas entre dois sentimentos preferi ver a minha irmã rumar feliz para a sua vida de casada e não pelo meu egoísmo de vê-la toda vez que fosse visitar meus pais. Então, tratei de tirar o João logo daquele momento de despedida. Fui breve, um abraço e uma "boa viagem", já agendando a visita dela para o aniversário de seu afilhado. Clima tenso. Agora, neste computador, nesta tarde quente que vejo pela janela afora, e no gélido de minha sala sinto a dor e o vazio de não poder, nestes próximos meses dar ....sei lá... um "oi", sorrir, discutir, brincar e sair com a atrapalhada pati. Fazer o quê, né?
Eu sou a prova viva que nem tudo sai como a gente quer! Nada se pede ou se obriga! Tudo se realiza pela conquista do tempo, do gesto enfim, do amor!

Descobertas de João Vicente


Meu pequeno esta semana emplacou mais uma gripe, desta vez mais xarope. Uma 'amostra grátis de bronquite". Fiquei tão chateada... Mas fazer o quê se eu tenho e a vó me contou que as três gerações do papai são também asmáticos... Agora é tratar e ficar de olho na famosa "Idade da Asma". Agora ele repouso feito um anjinho! O que não tirou foi esta faceirice em descobrir o mundo. Pediram para eu relatar pois é fácil, fácil de esquecermos... Então vai lá:
- Nesta semana ele descobriu o gesto do fazer "NÃO" com o rosto. Quaquer coisinha mostrada a ele(principalmente colheres com remedinhos) ele já se adianta gesticulando o "NÃO BEM REDONDO"!
- ´Também, nesta semana, descobriu bater palmas quando vê ou escuta algo que lhe alegra. Ouvir a abertura do desenho do Bakinhardigans deixa ele louco. Mas por incrível que pareça, ouvir a abertura da novela das oito, que é um sambinha, ele não só bate palma como dá gritinhos. Porque, hêim!?!
- Ama a brincadeira do esconde-esconde. Fingir que vai sair do quarto onde ele está e reaparecer de surpresa faz ele dar pulos de alegrias! Ri a toa!
- Já sabe que o "não" da mamãe é repressão. Estes tempos, pegou um objeto sujo. Tá. Tirei e guardei. O que fez o ladino? Foi lá e pegou! Tirei e novamente um não redondo fez ele, baixar a cabecinha, fechar as mãozinhas uma com a outra e emburrar seguido de choro. Ai...como doeu rsrs Entendeu legal e não gostou...
- Gosta de beliscar os pés da gente quando estamos na cama. Acha a piada do ano o pé encolher e a mamãe dizer 'Aiii". Que festa!
- Acorda, adormece...mas sempre, fazendo carinho no rosto olhando para mim fixamente. É algo de Deus, mágico e único! Me enche de alegria!
- Não pode ver o pai dele que tem ataques de risos seguidos de soluços... Também... o papai é engraçado mesmo...
- Engatinha se rastejando ainda. Gosta de recuar e voltar a se sentar. Ama fazer flexões quando está de pé apoiando-se em mim ou em algum móvel. Mas por estar nesta fase, esta semana, num piscar de olhos de minha distração, vi o meu pitoco desabar, literalmente, do colchão que coloco no chão para brincar. A sorte que foi num colchão que já estava no chão. O que não evitou o susto e o choro de ambos. Agora aprendi a me controlar. Foi de doer ver o rostinho dele dar 'com tudo' no parquê... ui... e já me falaram para me preparar que vem muito mais.
- O papis acha que ele é cambota. Eu já acho que é de todo o bebê. O que é motivo de observação de toda a família que sua predileção em bater palmas, jogar brinquedos é com a mão esquerda.
- Estala a língua! Agora, anda amando fazer isto!
- Se a família toma café, almoça ou janta, João Vicente quer fazer o mesmo. Domingo, no Jangadeiros não perdeu a pose comendo. Vejam a foto!
NOVE MESES DE VIDA DE PURA ENERGIA

ASSIM...

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

Clarice Lispector


FRASES QUE GOSTO:

O que é a palavra por Fabrício Carpinejar:

" Intrigar, provocar, emocionar e não deixar que a palavra seja somente palavra. A palavra é muito ambiciosa, acredita que é mais importante do que aquilo que nomeia. A palavra serve ao poder quando é no despoder que abrimos a guarda. Exerce hipnose de dicionário e enreda poetas na metalinguagem. A palavra é a vaidade de dizer, mas só existe porque o silêncio ainda não é paz. Sou desconfiado com a palavra. Um poema se faz pela falta de palavras. Quanto mais próximos chegamos do toque, do afago, mais estaremos dizendo. "

“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós; deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito, mas há os que não levam nada; há os que deixam muito, mas há os que não deixam nada.
Esta, é a maior responsabilidade de nossa vida e prova evidente de que duas almas não se encontram por caso” (A. de Saint-Exupéry)


"Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te." Friedrich Nieztsche

"E se me achar esquisita, respeite também, até eu fui obrigada a me respeitar." Clarice Lispector

"O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são." Friedrich Nieztsche

"A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo."

"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca." Clarice Lispector

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