quinta-feira, julho 08, 2010

Filhos - eternos bebês em nossos corações

Tenho sofrido para acordar meu filho, todas as manhãs, para ir a escolinha(creche) que fica ao lado do meu trabalho. Desde bebezinho tem sido - ou sei lá se fui permissiva demais pra deixar ele assim (na boa, nem sei mais!) trabalhoso fazê-lo dormir cedo.
Tentei várias técnicas do tipo: sem luz no quarto tv desligada ou de dar ‘bainho’ a noite antes de dormir.
Em todas, ele me deu a curva!
Ele definitivamente não gosta de dormir cedo.
Seu horário é sempre depois das 23h. E fez com que ele relute em acordar cedo pela manhã. Eu começo cedo no meu trabalho que há um ano fez uma reforma na carga horária. Rezo para que resgatem o antigo horário dos funcionários pois o novo horário só repartiu o laço com nossos filhos, aumentou os gastos e em nada serviu para aproveitamento e rendimento de serviços. Pelo contrário, só revoltou; Trabalho há quase 18 anos lá e estou num cansaço sem tamanho. Meu desgaste físico, mental e espiritual está na UTI. E o que mais me corta o coração é ter que insistir para o João Vicente acordar num momento que ele implora para continuar nanando. Tá. Eu sei. Vocês vão me dizer: “ - É a vida, tem que doutrinar!”. Juro! Quem é mãe sabe o quão é difícil educar com regras, horários e “não’s” e, também, ao mesmo tempo, como é bom anunciar a famosa exclamação ‘estou de férias”! Vibramos pois temos a oportunidade de ficarmos mais(e mais, e mais, e mais!!!) próximos de nossos filhos.
Hoje foi um dia diferente. Tentei acordar ele inúmeras vezes, aí com as quedas climáticas tive a proposta dele ficar com minha mãe e primo. Perguntei a ele, que estava na cama todo encolhidinho se ele queria ir na creche(dãã! Óbvio que não rsrs). Num gesto fez um ‘não’. Ele escutava, mas seus olhinhos permaneciam ferrenhamente fechados. Ele aceitou com o movimento suave do seu rostinho para, sim, ficar com a vovó dele. Aquilo me comoveu de um jeito tão profundo que sai marejada do quarto. Aquele menino dormindo. Meu Deus! Meu filho.... Observando ele, nos seus três aninhos de vida, percebo que aqueles olhinhos serenos e fazendo beiçinho permanecia com o mesmo rosto de quando ainda era recém nascido.
Sim! Tive esta imagem, esta sensação que lembrou ele com poucos dias de vida. Senti, em meu coração, que o meu bebê que tá hoje com seus 91cm 'de altura' ainda tinha a carinha de um recém nascido. E acho que, quando ele completar seus 16,20 anos eu ainda vou olhar com esta surpresa de mães. As feições, tudo lembrará quando eram recém nascidos. Mesmo grande, ele ainda será o meu eterno bebê!

3 comentários:

Eduardo Montanari disse...

Com certeza é fase. Um monte de criança é assim e muda com o tempo. Mas já que ele gosta de dormir tarde, talvez se torne um adolescente baladeiro. Vai se divertir muito. hehehe..

sateliteabduzido.blogspot.com disse...

ahahahah pior! Tendências ele tem. Mas vou vetar. Crianças pedem para ter limites, a receita é perseverança, paciência e 'muita calma nesta hora'. Bah, uma loucura. Ele ama a cama dele... adora o quarto dele, tem loucuras por ver tv... Graças a Deus que na creche ele tem zerentas ocupaçõe. Televisão? só a noite! bjo querido!

Petit Artiste disse...

Com sua licença, eu um dia plagiarei boa tarde destas suas palavras em meu novo blog (http://omenininhodoquartoaolado.blogspot.com), porque elas estão quase todas na ponta da minha lingua! Rs. Somos corujoes e nosso filho pegou nosso ritmo. Tenho dó sim, e embora "seja a vida" eu sempre buscarei a flexibilidade de horários onde for possível.

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" Intrigar, provocar, emocionar e não deixar que a palavra seja somente palavra. A palavra é muito ambiciosa, acredita que é mais importante do que aquilo que nomeia. A palavra serve ao poder quando é no despoder que abrimos a guarda. Exerce hipnose de dicionário e enreda poetas na metalinguagem. A palavra é a vaidade de dizer, mas só existe porque o silêncio ainda não é paz. Sou desconfiado com a palavra. Um poema se faz pela falta de palavras. Quanto mais próximos chegamos do toque, do afago, mais estaremos dizendo. "

“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
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