Tenho sofrido para acordar meu filho, todas as manhãs, para ir a escolinha(creche) que fica ao lado do meu trabalho. Desde bebezinho tem sido - ou sei lá se fui permissiva demais pra deixar ele assim (na boa, nem sei mais!) trabalhoso fazê-lo dormir cedo.
Tentei várias técnicas do tipo: sem luz
no quarto tv desligada ou de dar ‘bainho’ a noite antes de dormir.
Em todas, ele me deu a curva!
Ele definitivamente não gosta de dormir cedo.
Seu horário é sempre depois das 23h. E fez com que ele relute em acordar cedo pela manhã. Eu começo cedo no meu trabalho que há um ano fez uma reforma na carga horária. Rezo para que resgatem o antigo horário dos funcionários pois o novo horário só repartiu o laço com nossos filhos, aumentou os gastos e em nada serviu para aproveitamento e rendimento de serviços. Pelo contrário, só revoltou; Trabalho há quase 18 anos lá e estou num cansaço sem tamanho. Meu desgaste físico, mental e espiritual está na UTI. E o que mais me corta o coração é ter que insistir para o João Vicente acordar num momento que ele implora para continuar nanando. Tá. Eu sei. Vocês vão me dizer: “ - É a vida, tem que doutrinar!”. Juro! Quem é mãe sabe o quão é difícil educar com regras, horários e “não’s” e, também, ao mesmo tempo, como é bom anunciar a famosa exclamação ‘estou de férias”! Vibramos pois tem
os a oportunidade de ficarmos mais(e mais, e mais, e mais!!!) próximos de nossos filhos.
Hoje foi um dia diferente. Tentei acordar ele inúmeras vezes, aí com as quedas climáticas tive a proposta dele ficar com minha mãe e primo. Perguntei a ele, que estava na cama todo encolhidinho se ele queria ir na creche(dãã! Óbvio que não rsrs). Num gesto fez um ‘não’. Ele escutava, mas seus olhinhos permaneciam ferrenhamente fechados. Ele aceitou com o movimento suave do seu rostinho para, sim, ficar com a vovó dele. Aquilo me comoveu de um jeito tão profundo que sai marejada do quarto. Aquele menino dormindo. Meu Deus! Meu filho.... Observando ele, nos seus três aninhos de vida, percebo que aqueles olhinhos
serenos e fazendo beiçinho permanecia com o mesmo rosto de quando ainda era recém nascido.
Sim! Tive esta imagem, esta sensação que lembrou ele com poucos dias de vida. Senti, em meu coração, que o meu bebê que tá hoje com seus 91cm 'de altura' ainda tinha a carinha de um recém nascido. E acho que, quando ele completar seus 16,20 anos eu ainda vou olhar com esta surpresa de mães. As feições, tudo lembrará quando eram recém nascidos. Mesmo grande, ele ainda será o meu eterno bebê!