sexta-feira, novembro 16, 2007

De novo, Sant'ana




Azar é do goleiro!(ops? goleiro? rsrs)
Bom... pra mim é um mestre nas palavras, no humor ora ácido; ora comovente!
Amo este rabujento jornalista-delegado sei lá o quê! O que importa é que ele, SIM, enxerga cabelo em ovo!

Teoria del Pablo ou Paulo?
Leiam, por favor...


Casamento em duas casas



"Você, leitor deste blog, conhece casos de casamentos que dão certo em dois domicílios? Aliás, é difícil imaginar um casamento que não funcione ao usufruir desta fórmula perfeita.
Se você, leitor, vivencia ou vivenciou uma experiência nesses moldes, escreva para o blog. Estimule, também, casais que convivem desta forma a me escrever. Com telefone para contato.
Leia a minha coluna, de março de 2000, sobre as vantagens — óbvias, diga-se — de casar sem morar junto."

Morar separados


"Quando preguei em outra crônica uma modificação idealística no casamento, dizendo que será mais apropriado que ele comece a se dirigir no início deste século para a transformação de marido e mulher morarem em casas separadas, nem de longe eu quis bombardear a instituição da família.
Só um louco poderia querer extinguir a família, que é ainda a mais eficiente fortaleza contra as adversidades morais e materiais do tecido social.
O que eu quis dizer é que o casamento assim como está instituído atenta contra a liberdade das pessoas, que é afinal o maior valor a ser perseguido pelo homem no seu dever de busca da felicidade. Consta da liberdade, logicamente, o exercício espontâneo da vontade pessoal, que têm também o direito de morar juntas se assim o decidirem.
Mas acontece que o casamento contém amarras que impedem na maioria das vezes a felicidade. Uma delas é o senso aguçado de "propriedade" que se estabelece entre marido e mulher. Desde que se casam, se transformam em "meu marido" e "minha mulher". E se desde já assim se pertencem, nada mais há que conquistar dali para a frente.
E o mesmo acontece com os filhos. Já que é "meu filho" ou é "meu pai", isto é definitivo e desobriga os que estão envolvidos nesta relação a aprimorarem na prática este conceito, tornando-se dignos da condição de filhos ou de pais pelo aprofundamento e aperfeiçoamento dos vínculos afetivos. Se já é "meu", nada mais preciso fazer para vir a ganhá-lo.
O melhor seria que o casamento funcionasse como uma venda à prestação, que se tivesse de quitar em período longo. E não como uma compra à vista, cuja aquisição é definitiva, não tendo doravante de se prestar mais nada.
Quando na verdade é no decorrer da vida que o marido poderá vir a ser verdadeiramente um marido; a mulher, uma mulher; um filho, o filho. Ou seja, isto só acontecerá em realidade na aferição das condutas recíprocas. E não pelo decreto do registro civil oficializado.
No caso do casamento, a idéia de morar separados é brilhante. Porque não finda o namoro. Porque permanece o encanto da incerteza. Porque será constante o fascínio do encontro, sem a obrigatoriedade cansativa dele, que o domicílio conjunto impõe.
Um casal que mora separado se perfuma e se veste com apuro e jeito para encontrar-se, enquanto que o casal que mora junto vai deixando perigosamente de lado esses cuidados pessoais, deixando cair pouco a pouco a peteca da sedução e se precipitando no abismo do fastio e da rotina.
Mas o principal condão utilitário que o domicílio separado no casamento encerra é que, no caso do fim da paixão, do amor ou da amizade profunda, o trauma da separação será quase que irrelevante perto da explosão dramática e inapagável que as rupturas dos que moram juntos significa.
As vidas separadas já tinham até ensaiado despropositadamente esse desenlace, que será suave e facilmente suportado. Enquanto que a separação dos que moram juntos deixa marcas indeléveis de sofrimento.
O que acontece mais freqüentemente é que casais que notoriamente já estão separados, se moram juntos, continuam morando juntos, para evitar o estrondo da separação física e domiciliar, o que lhes acarreta um martírio contristador. Enquanto os casais que morarem separados terão até diante de si a vantagem da possibilidade atraente e luminosa, depois de assegurados da solidez indestrutível daquela relação, de um dia passarem a morar juntos.
Entre os que morarem separados, a união logicamente será sempre mais duradoura. Com chances bem maiores de ser imorredoura."

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"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

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" Intrigar, provocar, emocionar e não deixar que a palavra seja somente palavra. A palavra é muito ambiciosa, acredita que é mais importante do que aquilo que nomeia. A palavra serve ao poder quando é no despoder que abrimos a guarda. Exerce hipnose de dicionário e enreda poetas na metalinguagem. A palavra é a vaidade de dizer, mas só existe porque o silêncio ainda não é paz. Sou desconfiado com a palavra. Um poema se faz pela falta de palavras. Quanto mais próximos chegamos do toque, do afago, mais estaremos dizendo. "

“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós; deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito, mas há os que não levam nada; há os que deixam muito, mas há os que não deixam nada.
Esta, é a maior responsabilidade de nossa vida e prova evidente de que duas almas não se encontram por caso” (A. de Saint-Exupéry)


"Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te." Friedrich Nieztsche

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