terça-feira, janeiro 30, 2007

Última do caro colunista

Eu imagino que estejam pensando 'tá. ela não pára de postar o Sant'Ana". Não. É que este tema foi tratado com tanto humor apurado que resolvi colocar aqui. A pauta foi tricotada com tamanha polêmica que o caro colunista da Zero Hora não sossegou e abordar. Vou deixar, pela última vez(espero!), o seu último comentário sobre o casamento. Não sou sequelada. Acho, como tudo na vida, que 'cadum é cadum". O que fica em jogo é a perseverança, amor e respeito sobre o seu dito-projeto de 'alma-gêmea'. Uma sociedade, um amor...fica a critério, na benção de Deus e na cumplicidade de cada casal. Basta ser maduro e forte. Nada é um mar de rosas nesta vida...
Tá aí, gente, Paulo Sant'Ana, de novo, falando sobre o casamento:




29/01/2007


Casamento feliz


Chovem manifestações de reparos à minha tese antimatrimonialista. Eu já esperava, acontece que há centenas de milhares de pessoas que são felizes nos seus casamentos e não poderiam mesmo concordar comigo. Entre os que se realizaram com o casamento que mantêm atualmente está um notável cirurgião especializado em extirpar males e imperfeições do pescoço e seus arredores, entre eles a parótida e as cordas vocais, dr. Nédio Steffen. Ele manda me dizer que discorda amavelmente da minha tese, que é perfeitamente possível ser feliz no casamento, mantendo proximidade bem estreita com o outro cônjuge. E diz que seguiu e segue neste particular os ensinamentos do seu saudoso amigo Dr. Rudolf Lang, um marco da otorrinolaringologia no Rio Grande do Sul. Segundo o dr. Lang, para casar-se, ou melhor, para escolher o companheiro ou companheira que se almeja para toda a vida, deve-se observar os seguintes mandamentos: 1) Ter admiração pela pessoa a ser escolhida. Repito: admiração. 2) A pessoa a ser escolhida tem de manifestar claramente vocação para o companheirismo. 3) A pessoa a ser escolhida terá de ser dotada de bom humor permanente. 4) Tem de ter desejo sexual pela pessoa a ser escolhida. Pele!
***Num ponto, concordo irrestritamente com os cirurgiões Lang e Steffen: o bom humor na pessoa com quem se casa é fundamental. Dá pra dizer que, se um dos dois cônjuges não tiver bom humor, o casamento estará fatalmente arruinado. O companheirismo também é importante: se a mulher não gosta de teatro e o marido adora teatro, a mulher tem de dar um jeito de ir ao teatro, e o casal compensará outro dia se o marido for com a mulher até o Iguatemi ou ao Praia de Belas, ela adora passear no shopping, enquanto ele detesta. Ou seja, há que ser paciente (e afável) em aderir ao gosto do cônjuge.
***Quanto ao último item, o de ter desejo pelo marido ou pela mulher, advertia muito bem o dr. Lang ao dr. Steffen: "Um dia o tesão acaba, Steffen!" E quando o desejo acaba, restarão o companheirismo, a admiração e o bom humor. Nem pensar ausência de tesão e mau humor juntos. Isso não é casamento, é Iraque puro.
***Então concordo plenamente com as regras dos cirurgiões. Mas humilde e cordialmente quero colocar o seguinte: se toda pessoa que está pretendendo se casar for tomar cuidados para que sua noiva ou noivo seja excelente companheira (o), tenha bom humor, admire-o (a), tendo que ser ainda apetitosa (o) sexualmente, acaba não casando. Porque é muito difícil encontrar estas quatro virtudes numa pessoa só (que terá no máximo dois atributos). Além disso essa tábua da lei dos dois cirurgiões desconhece uma coisa: mais da metade dos casamentos se realiza pela primeira impressão que tiveram os cônjuges quando se viram pela primeira ou segunda vez, ainda solteiros. E se a paixão é quase sempre súbita, como ficar depois vetando quem não tem bom humor ou que não demonstra companheirismo? Apaixonam-se e casam-se logo, mais tarde é que vão notar seus defeitos. Mas uma pergunta eu tinha que fazer finalmente aos dois médicos: como manter bom humor se já acabou o tesão?
psantana.colunistas@zerohora.com.br

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ASSIM...

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

Clarice Lispector


FRASES QUE GOSTO:

O que é a palavra por Fabrício Carpinejar:

" Intrigar, provocar, emocionar e não deixar que a palavra seja somente palavra. A palavra é muito ambiciosa, acredita que é mais importante do que aquilo que nomeia. A palavra serve ao poder quando é no despoder que abrimos a guarda. Exerce hipnose de dicionário e enreda poetas na metalinguagem. A palavra é a vaidade de dizer, mas só existe porque o silêncio ainda não é paz. Sou desconfiado com a palavra. Um poema se faz pela falta de palavras. Quanto mais próximos chegamos do toque, do afago, mais estaremos dizendo. "

“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós; deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito, mas há os que não levam nada; há os que deixam muito, mas há os que não deixam nada.
Esta, é a maior responsabilidade de nossa vida e prova evidente de que duas almas não se encontram por caso” (A. de Saint-Exupéry)


"Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te." Friedrich Nieztsche

"E se me achar esquisita, respeite também, até eu fui obrigada a me respeitar." Clarice Lispector

"O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são." Friedrich Nieztsche

"A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo."

"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca." Clarice Lispector

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