sexta-feira, janeiro 26, 2007

Meu faro não falha

Eu tive que rir e resolvi postar! Coluna do Sant'Ana( de novo!)
Meu faro não falha...


Paulo Sant'ana
26/01/2007



Fantástico! Nunca visto!


Fantástico! Espetacular! Incrível! Estou saindo ontem da redação aqui do jornal e encontro, chegando à minha procura, o casal Iolanda e Pedro Silveira, ambos ao redor de 35 anos de idade e residentes em Porto Alegre, ansiosos para me contar a sua aventura. Disseram-me que seguiram à risca os conselhos que dou há anos nesta coluna para que os casais vivam separados se quiserem para sempre viverem juntos. Aquela conversa minha de que os casais têm de dormir primeiro em camas separadas, depois em quartos separados, chegando ao ideal depois de viver em casas separadas.
* * *Eles me disseram que me obedeceram rigorosamente. Tanto que se casaram quatro anos atrás e, no dia do casamento, embarcaram em lua-de-mel: ela embarcou para Salvador, ele para o Rio de Janeiro. Inédito! Espetacular! Fantástico! Um casal vem me dizer que começou a seguir meus preceitos no dia do casamento. Suas luas-de-mel, viveram em separado! Finda a lua-de-mel de uma semana, é verdade que vieram para Porto Alegre para morar na mesma casa. No primeiro ano de casamento, dormiram no mesmo quarto, mas em camas separadas. E dali em diante, nos últimos três anos, passaram a dormir em quartos separados. Já têm um filhinho de dois anos, o nenê dorme uma noite com o pai num quarto, na outra junto com a mãe no outro quarto.
* * *Inédito! Espetacular. Fantástico. Os dois gostam de camarão e churrasco. É só o que comem quando vão a um restaurante. Sabem o que fazem aos domingos, quando vão almoçar fora? Ele pega o filhinho num domingo, no domingo seguinte é dia de ela almoçar com o garoto. Só que eu tenho de contar para meus leitores o mais surpreendente nessa história que me contaram aqui no jornal: a cada domingo que almoçam, fazem-no em restaurantes diferentes. Num domingo ela vai na churrascaria ao meio-dia, ele vai para o restaurante do camarão. No domingo seguinte se revezam, ele almoça na churrascaria, ela no restaurante do camarão. Mas não é estupendo? Nada de almoçarem juntos no domingo, quando almoçam fora.
* * *E quando decidem que vão visitar amigos na terça-feira à noite, um vai visitar uma família de amigos, outro vai visitar outra família. Ela vai no carro que eles têm, ele vai de táxi. E por aí vão as várias formas mágicas e maravilhosas que encontraram para estarem na maior parte do tempo separados, com a finalidade, como sempre escrevi e eles acataram, de manterem seu casamento até o fim dos dias, até a morte de um deles. Para sempre só podem manter um casamento aqueles casais sábios que souberem inventar sabem o quê? A promiscuidade. Isto! O que os casais devem fazer para se manter juntos e felizes para sempre é viverem a maior parte de sua vida conjugal separados. Essa genialidade eu bolei um dia quando percebi que o destruidor dos meus casamentos foi a proximidade. Se algum dia o destino me reservasse a oportunidade feliz de me casar pela quarta vez, eu me casaria pela Internet, com uma mulher da Tailândia. E ela nunca viria aqui no Brasil me conhecer, nem eu iria, Deus me livre, à Tailândia para conhecê-la. Ou seja, nós nunca nos encontraríamos. A lua-de-mel e a vida conjugal seriam vividas inteiramente pela Internet. O ápice da minha teoria de que a melhor maneira de separar duas pessoas é juntá-las é que aconselho, com algum exagero mas convicto, que o casamento mais feliz é aquele em que o marido e a mulher nunca se conheceram e jamais vão se avistar.
psantana.colunistas@zerohora.com.br

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"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

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" Intrigar, provocar, emocionar e não deixar que a palavra seja somente palavra. A palavra é muito ambiciosa, acredita que é mais importante do que aquilo que nomeia. A palavra serve ao poder quando é no despoder que abrimos a guarda. Exerce hipnose de dicionário e enreda poetas na metalinguagem. A palavra é a vaidade de dizer, mas só existe porque o silêncio ainda não é paz. Sou desconfiado com a palavra. Um poema se faz pela falta de palavras. Quanto mais próximos chegamos do toque, do afago, mais estaremos dizendo. "

“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós; deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito, mas há os que não levam nada; há os que deixam muito, mas há os que não deixam nada.
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