" O ATAQUE MIRIM"
Certo dia recebo a indicação de ver, pirata mesmo, o filme “Tropa de Elite”.
Perguntei ao Ale:
“- É violento? Se for eu não vou ver...
Complacente respondeu:
“ Capaz... bem bom...aham... coisa boa o filme...”
Então, início da noite, João Vicente dormindo aciono o play do filme - Pirata, né? Aquela coisa! Sabe coisa? Coisa errada...anfã...
Em péssima qualidade, duvidoso em tempo total de filme(acho que ta reduzido – só indo aos cinemas comprovar) e muita, mas muuuita violência urbana entro em parafuso. Pelo menos pra mim, né?
Era um tal de, no volume médio pra baixo de minha tevê:
“- cala boca!”
” - Fanfarrão! ”
” - Maribondo!”
” - Filho da puta! ”
” - Caralho”,
” - Pau no cú! ”
” - Vai morrer se viado!”
As qualidades verbais eram faraônicas em criatividade. Fui, portanto, progressivamente me encolhendo, encolhendo...olhando pros lados, espiando de canto pra porta do apartamento para ver se algum vizinho iria interromper “A Briga”, em meu apartamento! Cheguei a esperar um interfone do porteiro solicitando alguma ajuda! Bronca de síndico...ihhh parecia que aquele submundo de favela tava dentro da minha casa. Ainda com Home Theater... salientou mais ainda a ludibriada sonora. Estava acanhada com ‘o nível’ da Tropa. Tratei logo de baixar o volume!
“-O que os vizinhos vão falar?”, pensei.
E os tapas na cara?
Cênicos?
Que nada!
Real pra dedéu! No meu rosto doeria pelo menos rsrs
O Bope do Rio de Janeiro contesta tamanha veracidade que o filme retrata. Pra eles é exagero. Isto que eles querem fazer uma tropa feminina! Como diz a minha colega, Tropa de Celulite!
Imagine a mulherada fazendo o curso? E os ‘carinhos verbais?”
“- PUTAAAA!”
“ – VAGABUNDAAAAA”
“ – ANTAAAAA!”
Só os amores... Céus...
Este filme retrata um mundo surreal oriundo da crônica diferença sócio-econômica do país. Exemplos não faltam: Uns de carro blindados e rolex no bolso; e outros de farpas no chão, pedindo moedas nas esquinas. A diferença social é tão grande que disseminou uma praga na comunidade brasileira, neste caso, a carioca, que o tráfico domina, manda e cresce exarcebadamente para um mundo sem leis. Uma overdose de caciques! Uns de fardas outros de trapos.
Olha, o filme me impressionou! Gostei.
Mas o mais hilário desta história e o que mais me surpreendeu é que, todo o dia, chego do trabalho e sou colocada de ‘mãos aos altos” por uma tropa mirin do meu condomínio. Se escondem entre os carros no estacionamento e escadarias dos prédios. Do nada, surgem dos elevadores, cantos e curvas de paredes. Enfim, nos quatro costados do condomínio munidos de armas de todos os tipos. São elas:
“aqua-arma”, “cabo de vassoura”, “espada do He-man, Giraia e o escambau”, “arma de 1,99” e assemelhados. Todas para proteger-se dos seus respectivos personagens.
Eu só escuto:
“ – To falando contigo ZERO DOOOOISS!”
“ – EU VOU SUBIR ZERO UMMM!”
“ – CAPITÃO NASCIMENTO! EU VOU INVADIIIRRR!”
“ – SEGURA ZERO MEIAAA!”
Ufa! É um tal de Baiano pra lá, Neto pra cá e Matias pra todos os lados!”
Todos, em idades que não ultrapassam os 10 anos! Sim DEZ ANOS DE IDADE!
Moleques correndo pelo condomínio vivenciando e encenando o filme, TROPA DE ELITE!
Eu já saio do carro me rebaixando toda! Piso no hall de entrada espiada com um suposto ataque. Entro, olho para os lados e corro. As vezes não adianta... Eu e o João Vicente sempre somos abordados com uma arma à nossa frente!
E um grita:
“ – SEGUE EM FRENTE ZERO DOIS! NADA DE RISCOS. É FAMÍLIA”
O João Vicente não entende nada. Sai olhando pra tudo que é canto para saber onde se esconderam os bacuris do nosso prédio... Ele adora seres pequenos!
Crianças... se eu me impressionei com o filme ...
Imagina eles...
Certo dia recebo a indicação de ver, pirata mesmo, o filme “Tropa de Elite”.
Perguntei ao Ale:
“- É violento? Se for eu não vou ver...
Complacente respondeu:
“ Capaz... bem bom...aham... coisa boa o filme...”
Então, início da noite, João Vicente dormindo aciono o play do filme - Pirata, né? Aquela coisa! Sabe coisa? Coisa errada...anfã...
Em péssima qualidade, duvidoso em tempo total de filme(acho que ta reduzido – só indo aos cinemas comprovar) e muita, mas muuuita violência urbana entro em parafuso. Pelo menos pra mim, né?
Era um tal de, no volume médio pra baixo de minha tevê:
“- cala boca!”
” - Fanfarrão! ”
” - Maribondo!”
” - Filho da puta! ”
” - Caralho”,
” - Pau no cú! ”
” - Vai morrer se viado!”
As qualidades verbais eram faraônicas em criatividade. Fui, portanto, progressivamente me encolhendo, encolhendo...olhando pros lados, espiando de canto pra porta do apartamento para ver se algum vizinho iria interromper “A Briga”, em meu apartamento! Cheguei a esperar um interfone do porteiro solicitando alguma ajuda! Bronca de síndico...ihhh parecia que aquele submundo de favela tava dentro da minha casa. Ainda com Home Theater... salientou mais ainda a ludibriada sonora. Estava acanhada com ‘o nível’ da Tropa. Tratei logo de baixar o volume!
“-O que os vizinhos vão falar?”, pensei.
E os tapas na cara?
Cênicos?
Que nada!
Real pra dedéu! No meu rosto doeria pelo menos rsrs
O Bope do Rio de Janeiro contesta tamanha veracidade que o filme retrata. Pra eles é exagero. Isto que eles querem fazer uma tropa feminina! Como diz a minha colega, Tropa de Celulite!
Imagine a mulherada fazendo o curso? E os ‘carinhos verbais?”
“- PUTAAAA!”
“ – VAGABUNDAAAAA”
“ – ANTAAAAA!”
Só os amores... Céus...
Este filme retrata um mundo surreal oriundo da crônica diferença sócio-econômica do país. Exemplos não faltam: Uns de carro blindados e rolex no bolso; e outros de farpas no chão, pedindo moedas nas esquinas. A diferença social é tão grande que disseminou uma praga na comunidade brasileira, neste caso, a carioca, que o tráfico domina, manda e cresce exarcebadamente para um mundo sem leis. Uma overdose de caciques! Uns de fardas outros de trapos.
Olha, o filme me impressionou! Gostei.
Mas o mais hilário desta história e o que mais me surpreendeu é que, todo o dia, chego do trabalho e sou colocada de ‘mãos aos altos” por uma tropa mirin do meu condomínio. Se escondem entre os carros no estacionamento e escadarias dos prédios. Do nada, surgem dos elevadores, cantos e curvas de paredes. Enfim, nos quatro costados do condomínio munidos de armas de todos os tipos. São elas:
“aqua-arma”, “cabo de vassoura”, “espada do He-man, Giraia e o escambau”, “arma de 1,99” e assemelhados. Todas para proteger-se dos seus respectivos personagens.
Eu só escuto:
“ – To falando contigo ZERO DOOOOISS!”
“ – EU VOU SUBIR ZERO UMMM!”
“ – CAPITÃO NASCIMENTO! EU VOU INVADIIIRRR!”
“ – SEGURA ZERO MEIAAA!”
Ufa! É um tal de Baiano pra lá, Neto pra cá e Matias pra todos os lados!”
Todos, em idades que não ultrapassam os 10 anos! Sim DEZ ANOS DE IDADE!
Moleques correndo pelo condomínio vivenciando e encenando o filme, TROPA DE ELITE!
Eu já saio do carro me rebaixando toda! Piso no hall de entrada espiada com um suposto ataque. Entro, olho para os lados e corro. As vezes não adianta... Eu e o João Vicente sempre somos abordados com uma arma à nossa frente!
E um grita:
“ – SEGUE EM FRENTE ZERO DOIS! NADA DE RISCOS. É FAMÍLIA”
O João Vicente não entende nada. Sai olhando pra tudo que é canto para saber onde se esconderam os bacuris do nosso prédio... Ele adora seres pequenos!
Crianças... se eu me impressionei com o filme ...
Imagina eles...
2 comentários:
Mas só tu mesmo...
E eu ñ presencio essas artimanhas dos guris aki dos prédios..hehehe
Adorei como sempre teu relato amiga.
Pior q qndo vimos esse filme tu ficou mesmo apavorada, só esqueceu de comentar da nossa dança do rap, tropa de elite, parecendo 2 rappeiras..hehehe
Mas só tu mesmo...
E eu ñ presencio essas artimanhas dos guris aki dos prédios..hehehe
Adorei como sempre teu relato amiga.
Pior q qndo vimos esse filme tu ficou mesmo apavorada, só esqueceu de comentar da nossa dança do rap, tropa de elite, parecendo 2 rappers..hehehe
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