Foi nesta última quinta-feira, 23/7, que o verdadeiro inverno do Sul mostrou todo o seu gélido poder. Até eu, conhecidíssima por ter minha ‘menopausa precoce’, me rendi às lãs e casacões. Nunca fiquei tão encolhida numa cama como nestes últimos dias... Porto Alegre, sábado fez -1C° e, domingo 0 C°. Viramos os verdadeiros pingüins. E foi baseado nesta sensação de frio que meu cérebro encafifou no mais angustiante: E as famílias sem teto? E aquelas crianças típicas de prêmios fotográficos de jornalismo? Como elas se encontravam num frio tão rigoroso como destes últimos dias? Falo daquelas crianças indevidamente mal alimentadas, sem roupa alguma, sem qualquer situação de higiene física, mental e espiritual. Isto abarrotou meu conforto de estufas, pantufas, cobertores e sopinhas... Em algum momento me vinha elas, os espectros humanos que provavelmente padeciam com este frio... Como, eu, a calorenta Fabiana, agasalhada; e as crianças destas vilas da capital com frio? Eu não concebo... Gente, eu só pensava nelas... O que pude fazer nestes últimos anos, meses e dias, eu fiz... Doar minhas roupas e as roupinhas do meu filho. Dele, por exemplo, a cada três meses filtro o que não serve mais nele e dou um jeito de repassar a quem precise... Me dói o coração ver crianças mal agasalhadas... Certa vez uma família, paupérrima surgiu na frente de casa. Fazia 10C° na rua e a filhinha dela, de sete meses, de camiseta Hering manda comprida... Aquilo foi cruel. Entrei na casa aos prantos e retirei do berço de meu filho um cobertor, peguei mais meias, casacos, que inclusive, ainda serviam no João Vicente, e vesti a pobre menina. Há pouco tempo mãe e filha apareceram lá para dar um ‘olá’. Foi muito bacana rever ela sã e salva. Desta vez, peguei uma mamadeira que o JV não usava mais e fiz um belo leitinho com açúcar, neston, Nescau e mucilon. A menina tava faceira mamando! Ah se eu fosse a ganhadora da Mega Sena deste final de semana que premiou cinqüenta e seis milhões de reais... O prêmio foi para um rabudo carioca... Ah se fosse eu.... Tantos projetos teria para estas crianças... Os velhinhos teriam a sua vez também! Aliás, seria um lar dos Avós e seus netinhos! Cada qual adotaria um netinho(a) para ‘cambiar’ amor e boas risadas! Não tem sisudo que não se renda a uma boa travessura de uma criança! Meu projeto, caso fosse uma milionária, teria uma mini fazenda, com parquinhos, escolas(com muitos cursos técnicos) e também diversões em datas festivas. Teria feiras de venda dos produtos feitos pela fazenda... ah... projetos... Quem sabe um dia eu realize. Se pudesse deixar este mundo um pouquinho mais colorido em quem não enxerga cor no colorido tudo seria mais sereno...
Calma dona Fabiana, tudo tem seu hora!!!
Calma dona Fabiana, tudo tem seu hora!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário