sábado, outubro 03, 2009

Banda Itinerante – a velha guarda do samba gaúcho






Com muita satisfação publico aqui o documentário da Banda Itinerante – a velha guarda do samba gaúcho. Trabalho inédito que aborda o samba no Rio Grande do Sul. Produzido e dirigido pelo jornalista Luiz Fernando de Aquino, este vídeo tem 70 minutos onde relata a história da Banda Itinerante. Esta, criada em abril de 1997 pelo saudoso mestre de bateria Irajá de Almeida Gutierres, falecido em setembro de 2004.
O filme mostra arquivos da banda e história de sambistas e pessoas envolvidas com a música. O lançamento do documentário será ainda neste mês! Aguardamos sedentos para assistir! Sou fã da Banda Itinerante. Foi nela que conheci o samba e abrendi muito com a velha guarda gaúcha. E foi nela, também, que conheci muitos e muitos amigos enraizados até hoje em meu coração. Conheci a Itinerante em 1999 em um bar pra lá de pitoresco. O nome? Pega Leve!
Portanto, nascente de grandes amigos, um grande amor e a música! QUE MISTURA PARA UM FADO HÊIM!?!
Divido com vocês o post do Luiz Fernando de Aquino. Vejam o teaser da banda clicando aqui.

Banda Itinerante – a velha guarda do samba gaúcho

"O genial Paulinho da Viola costuma dizer que não sente saudades, que não consegue se imaginar em um tempo que não o presente. Diz até que acha engraçado quando alguém lhe fala sobre emoções de um tempo que não viveu ao deparar com determinada obra – música, neste caso. E o próprio Paulinho explica: talvez não seja saudade o que você sinta, mas uma forma de reação emocional à obra, independentemente do tempo em que ela tenha sido composta. Ou seja, a obra é presente.Parece complicado? É não. Ainda segundo o nosso sambista-pensador, a saudade anula o tempo. Fantástisco! Não é à toa que o cara é o cara. E o que é saudade, então? Lembranças de um tempo que não volta mais? E o que é tempo, fora da mera percepção cronológica? Normalmente, alinhamos os fatos na vertical, é preciso que ordenemos as coisas em um antes, durante e depois. Mas se a saudade anula o tempo, no que eu fecho com o mestre Paulo César, o que fazemos das lembranças esparsas pelo tempo?Toco no assunto por conta deste 25 de setembro. Há cinco anos, morria o criador da Banda Itinerante, Irajá de Almeida Gutierres, o Mestre Irajá. Partiu ainda no vigor dos 59 anos e com um projeto a realizar, o braço social da Banda Itinerante. Já aviso logo que não se trata de comparação. As coisas tomam o rumo que precisam tomar. A vida e a fila andam, a despeito de nossas idéias e/ou vontades.A Banda Itinerante tem hoje um outro perfil, sem conceito de mérito. Uns imaginavam de um jeito, outros, de outro. Prevalece, sempre, a vontade de quem faz, de quem toma a iniciativa. E as diferenças precisam se acomodar em um processo de diálogo, de convívio, de exposição franca dos pontos de vista, sempre no âmbito do respeito e da cordialidade. Afinal, cada um faz a sua história. Quem não faz, conta a história dos outros. Eu, como tantos, conheci a Itinerante ao redor daquela grande mesa espichada, bicando que alguém deixasse uma caixeta de lado para, então, atrapalhar o samba. Foi na Praiana a primeira vez, em 2000, se não me engano, levado pelo Renato Dorneles. Nossa, aquilo era um sonho! O samba de roda, aberto, rodando pela cidade. No comando de tudo, Mestre Irajá, de uma nobre fidalguia. Recebia a todos como se fosse a sala da própria casa.As coisas mudam, evoluem, ficam diferentes. Alguns, nostálgicos (ou conservadores mesmo, no fino sentido do termo), preferem o modelo antigo ao moderno. Um dos sonhos do Irajá era uma sede para a banda. A banda tem uma bela sede, um ótimo espaço. Mérito das pessoas que o sucederam. Agora, por esses dias, será lançado o documentário “Banda Itinerante – a velha guarda do samba gaúcho”. Será também uma ótima oportunidade para todos se reencontrarem com os princípios que alimentaram a iniciativa do Mestre Irajá.Ainda que refratário à ideia de saudade, vou me socorrer (de novo) do genial Paulo César: “Eu não vivo no passado, mas o passado vive em mim”. Luiz Fernando Aquino


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“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós; deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito, mas há os que não levam nada; há os que deixam muito, mas há os que não deixam nada.
Esta, é a maior responsabilidade de nossa vida e prova evidente de que duas almas não se encontram por caso” (A. de Saint-Exupéry)


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