Meus cinco sentidos circulam na órbita da surrealidade dos sonhos... Gostaria de interpretá-los??
quarta-feira, janeiro 25, 2006
Relembrando: Praia do Rosa/SC, 1997 - Parte I
Certa vez, em março de 1997(senão me engano!), fiz uma viagem com uma louca amiga, da qual a chamo carinhosamente, de Casseta!
Então!
O local: Praia do Rosa/SC.
Detalhe: terceiro mês do ano. Época de volta as aulas, comércio bombando, enfim, o país voltando a funcionar!
Uma casa alugada para a dupla "el estilo Telma e Louise"! (Que pressão, hêim!?!)
Éramos cômicas personagens: A abduzida Fabiana e a taurina Casseta.
De mala e cuia, fomos literalmente, "viajar" naquela estrada cheia de erosões e praias de poéticas exaltações à Vida. Aliás, lembrando das estradinhas desta praia, o cárter daquele carro foi pro lixo...coitado...
A praia do Rosa estava, praticamente, habitada por nativos barrigas-verdes e, muitos(mas muitos, viu?)...muitos ets.
Além dos apetrechos praianos, como roupas e cadeiras de praias carregávamos, também, detalhes bem urbanos! Nossa alegria, naquela viagem, era a presença exuberante da TV 14 polegadas. Tudo, somente para acompanhar os ‘babados’ da semana no país e no mundo. Você deve estar se perguntando: "Pra que televisão numa praia?". Ora, amigo(a) do satélite, nada pode ficar fora de órbita para uma viagem de mais de uma semana. Subitamente, surgiram os indesejáveis imprevistos...
Primeiro deles foi achar na casa...Que dificuldade achar uma rua sem nome e sem número(dava até tema para samba isto)...
As protagonistas: Casseta, mulher de faca na bota, que rosnava as dificuldades da localização da casa e eu, abduzida, coligada a outro planeta de nome misterioso, sem responder a tantas perguntas e súplicas de ajuda. Óbvio que, para localizar, foi pior que procissão em pleno sol de 40C°. Um carro, sem ar condicionado e, muitos sons estridentes , tipo, ‘qqqquuuuurrrr’ do cárter que ‘berrava’ com cada guerra das arapucas de buracos daquela estrada. Ufa!!!!
Depois de uma hora achamos!
Segundo imprevisto. Ao acomodarmos nossas malas e tralhas de férias, pegamos, delicadamente a TV 14 polegadas, que estava programada para ser a companheira de muitas preguiças noturnas. Ligamos na tomada. Deu(deu nada caralho!!!). A TV, decididamente, não quis 'pegar' os canais "UF-não-sei-o-quê". É...acreditem... não ligou MERRRRMO. A partir, destes detalhes, nos deparamos a conviver com n-a-d-a de eletrônicos. Som no carro? Até poderia...mas tudo era contado por míseros minutos para não detonar a bateria(como voltaríamos depois?).
Terceiro imprevisto: Conviver com sons de bovídeos a todo momento. No começo era lindo ouvir "ah natureza! A natureza!", dizíamos...romanticamente. Barbacena mané!!! O tempo foi passando e os mugidos aumentando... algo estranho, nos atormentava...
Quarto imprevisto: Nossos "bom dia" matinais(rsrs) eram regados de puro(sadiamente dizendo) mau-humor e silêncios absolutos. Claro que, no final do dia, ríamos daquele ou aquele episódio de cenário caipira. Além de nós...só nativos!!!! Aí, que vem no próximo capítulo...
Preparem-se... relatos de outro mundo!
Eles emitiam sons estranhos... (aaaaaaaaaaaaahhhhhh)
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2 comentários:
Eu ia gostar do mugido das vacas e do silêncio...adepta da vida na praia...uma cerva etc... e já estaria feliz...mas nada como conviver com vc...pra saber e imaginar tuas histórias, mas aquela do telefone é imbatível Fabi...XOXO
To louca para começar os próximos capítulos desta louca viagem de 97. A vida é assim...cheia de momentos que marcam... praia é bom... vale a pena conferir. Até março dá tempo...mas cuidado com os mugidos ... tudo que é demais se torna insalubre! bjo
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