Navegava por sites e blogs quando deparei com esta entrevista de Glória Maria para a revista Isto É Gente. O relato desta jornalista sobre a adoção de duas meninas é linda. Não sei se por ser mãe, se por imaginar que exista realmente coisas "que entre o céu e a Terra nossa filosofia nunca alcançará” ou sei lá, se é pelo inexplicável mesmo. Confesso, as palavras dela me levaram as lágrimas. Eu digo e repito: Basta querer para ser mãe! E Glória provou que é uma super mãezona! A mais completa! É a mãe de alma e coração! É a mãe que assume falhas e medos, mas acima de tudo: é uma mãezona das mais protetoras e guerreiras! Urra se puder pelas filhas. Abaixo(vou deixar o link da reportagem) trechos da Glória Maria que fala do suor e da persistência em provar que vale a pena esperar a fila de uma adoção:
O processo de adoção:
“Passei um Réveillon maravilhoso em Punta del Leste e quando cheguei resolvi fazer um trabalho social com crianças abandonadas. Vim para o festival de verão da Bahia e vi muitas crianças abandonadas nas ruas. Fui ao juizado de menores, pedi uma relação de abrigos, expliquei que tinha a intenção de fazer esse trabalho. Fui ao primeiro, segundo, terceiro e num deles eu encontrei a Maria. Quando vi aquela menina alguma coisa no meu coração se movimentou, comecei a olhar mais para ela e quis saber a história dela. Quando estava conversando com a assistente social, a Maria entrou no colo de uma mãe social. Eu a chamei e ela pulou no meu colo. Eu entendi que alguma coisa na minha vida tinha mudado ali, naquele momento. Não tive dúvidas de que aquela menina era minha.... Quando resolvi fazer o levantamento da história da Maria, para saber se ela estava livre para adoção, eu descobri que a outra, que eu também era apaixonada, era irmã dela. Então, comecei a fazer todo o trabalho de adoção direcionado para as duas, me habilitei, fiz tudo o que manda a lei, de uma maneira exaustiva, complicada, mas correta.”
“... Comigo foi muito mais rigoroso porque eu sou uma pessoa pública, eles fizeram tudo com muito cuidado e demorou porque todos os prazos foram cumpridos. Mas adotar é uma coisa simples, se você tiver todos os pré-requisitos, se a criança estiver livre para a adoção, é um processo rápido. No caso das minhas não existia um documento dizendo que elas podiam ser adotadas, eu tive que fazer o termo de destituição paterna e cumprir toda a burocracia da lei, para tê-las para adoção, mas em geral é tudo muito simples. Eu dei sorte de conseguir as minhas filhas porque eu acho que elas já estavam ali para mim. É o presente mais lindo que Deus me deu. Eu moro no Rio, vi crianças prontas para adoção no mundo inteiro e nunca pensei, nunca me comovi com essa coisa de adotar, sempre me comoveu a história do abandono, mas A nunca pensei em adoção e a Maria e a Laura abriram uma porta no meu coração.”
A verdadeira mãe:
“Eu vou procurar o acompanhamento de uma psicóloga para atender a gente. Preciso disso até para o processo de contar para elas que são adotadas. Pelo meu coração eu não iria revelar nunca porque elas são minhas, da minha alma, do meu coração e acho até que do meu útero em outra vida, não tenho dúvida nenhuma disso. Mas acho que elas têm o direito de conhecer a historinha delas.”
A definição de uma nova Glória, como mãe:
“Estou muito mais tolerante e muito mais calma, não é uma calma de ser agitada porque isso eu sou, é meu. Eu adquiri uma calma interior, eu não tenho mais nenhuma inquietude dentro de mim, é muito engraçado. Tudo em mim flui de maneira natural, eu não tenho ansiedade nenhuma, nenhuma. Aprendi a esperar, eu não conseguia esperar, eu ia fazendo tudo. Eu adquiri uma calma interior que eu não tinha. Tudo em mim é em função delas. Eu sou uma mãezona, uma leoa.”Mais detalhes: http://www.terra.com.br/istoegente/edicoes/537/artigo158956-1.htm