quarta-feira, maio 19, 2010

Crianças e mediunidade




É muito comum ouvirmos falar na capacidade de algumas crianças verem algo além das formas físicas deste mundo. E, baseado nesta crença espírita todas crianças tem a mediunidade até sete ou oito anos. Segundo a religião é porque ainda não estão desligados do mundo espiritual, de onde vieram, e devido a isto mantêm este contato com os seres ‘de lá’. Os amigos imaginários seriam um dos exemplos que pertencem ao mundo infantil. Meu filho, João Vicente por muito tempo falava no Coelho. Sempre temia o coelho. Com o tempo percebi que ele perdeu este ‘medo’. De uns meses para cá ele trocou ‘o amigo’ e passou a falar no “moço”. Sim, moço. Sempre diz: “ – O moço tá ali!”. No começo não dei muito atenção. O que me chamou a atenção foi a insistente idéia de temer ir a tal lugar da casa porque “o moço estava lá”. Então resolvi, hoje, comentar para vocês sobre isto: a mediunidade das crianças segundo o kardecismo. Isto é para quem acredita, já deixo claro. Eu era muito também da teoria de São Tomé; tem que ver para crer. Só que na prática, sendo mãe não tem nada haver. Portanto, falar sobre isto é muito delicada e, pelo que consta no espiritismo estas ‘visões’ com os anos passam e depois a criança deixa de ter esta percepção ‘do além’. Isto se não tiverem um ‘plus’ a mais para a mediunidade. Aí a história é outra.
O que vem acontecendo com o João Vicente tem me despertado a curiosidade. Estes dias cheguei no quarto e o encontrei rodeado de um cobertor que ele mesmo montou a volta dele. Perguntei:
- o que é isto filho?:
- Potetô mamãe?
- Como assim, meu filho? Protetor pra quê?
- O moço
- Que moço João?
- Ali

E apontou para a ponta de minha cama. Aquilo me fez respirar fundo, pensar muito bem no que falaria. Descartei qualquer espécie de sermão. Sentei numa poltrona que tenho ao lado da minha cama e segurei a sua mãozinha. Comecei explicando que ‘o moço’ poderia ser um amigo(na hora ele negou). Então, fiz o sinal de cruz e comecei a rezar pedindo para Jesus e para seu anjo da guarda que protegessem meu filho que o espírito que estava ali encontrasse a sua luz e descansasse em paz. Faz dias que ele não fala mais no ‘moço’. E todo o dia tenho rezado para que Jesus sempre o abençoe. Ali eu passei a acreditar que realmente ele via algo. Espero que o moço tenha ido embora! Então passei a estudar sobre isto: Crianças e mediunidade. Encontrei depoimentos como de Sônia Zaghetto, Assessora de Comunicação Social da FEB(Federação Espírita Brasileira), segundo o debate nem toda criança enxerga os espíritos. E ressalta que nem sempre a visão de espíritos pelas crianças caracteriza mediunidade. Só o tempo que poderá discernir se este fenômeno é somente passageiro. A a idade para definir isto é perto dos oito anos.
E antes de eu tomar qualquer medida sobre o que o João Vicente viu eu repensei se de fato não foi algum desenho que viu com cenas fortes e se não era para chamar a atenção. Todos, eu descartei até porque a palavra ‘moço’ não pertence ao vocabulário dele. É algo que ele nomeou naquele momento para aquilo que via.
Também proibi na casa que alguém falasse sobre isto para o João Vicente. Vá que ele alimente a idéia fixa do moço e gere traumas? E também procuro passar sempre, muita segurança para ele. Acho que devido a isto faz dias que o tal do ‘moço” não aparece. Portanto, como sempre cito esta frase de Shakespeare “há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe vossa vã filosofia”. Eu por muito tempo tinha um jeito meio cética de enxergar a vida, a religião em si. Hoje não pois respeito profundamente o que não consigo ver ou compreender. Agora estou trabalhando mais a espiritualidade com meu filho. Acho que qualquer criança que tenha a espiritualidade no dia-a-dia sente que está num mundo com mais sentido e com uma meta. É como eu li ‘A luz da presença da transcendência, o Universo torna-se um lugar amigo e não ameaçador”.
PS: Não me contive e registrei a cena dele com o cobertor de proteção.

3 comentários:

Unknown disse...

Fabinha, querida. Pois então, adorei ler este post com esse assunto, pois acho de extrema importancia, não somente tu como mãe, mas toda humanidade, saber um pouco mais, não só sobre a mediunidade, ams todo o tipo de religião qeu nos cerca.
Sou católica, mas sou muito mais espirita. Nunca vi nada além de vultos, o qeu podem falar que são coisas da minha cabeça, mas sempre sinto uma presença junto comigo, as vezes fico sozinha, mas outras vezes acho qeu tem sempre mais gente no quarto comigo.
É interessante a informação, e é super intrigante ver e saber, que crianças nessa idade conseguem realmente ver e sentir coisas das quais, a maioria de nós não consegue ver ou sentir.
Que deus sempre abençoe o João e que ele sempre tenha muita luz.

Unknown disse...

Evelin aqui! haha
Beijos fabinha

sateliteabduzido.blogspot.com disse...

Evi linda! Agora que estou lendo teu comentário. Menina de Deus, não vi a notificação deste post. #bubu Amei o teu comentário. Te adoro, Fabinha

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" Intrigar, provocar, emocionar e não deixar que a palavra seja somente palavra. A palavra é muito ambiciosa, acredita que é mais importante do que aquilo que nomeia. A palavra serve ao poder quando é no despoder que abrimos a guarda. Exerce hipnose de dicionário e enreda poetas na metalinguagem. A palavra é a vaidade de dizer, mas só existe porque o silêncio ainda não é paz. Sou desconfiado com a palavra. Um poema se faz pela falta de palavras. Quanto mais próximos chegamos do toque, do afago, mais estaremos dizendo. "

“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós; deixa um pouco de si mesmo.
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