Se tem uma coisa que me deixa muito mal, nos noticiários de hoje em dia é ver matérias que abordam crianças. Definitivamente não tenho mais estrutura emocional para ver esse tipo de assunto. Estes tempos, no programa Repórter Record (http://www.r7.com.br/) as equipes de jornalismo abordaram o tema sobre Crianças Desaparecidas. E foram tantos relatos que assisti em que, todos, me deixaram chocada e impressionada. Praticamente perdi o sono naquela noite. Quase não dormi. Fiquei pensando como existem pessoas más neste mundo e, infelizmente, o alvo delas são as crianças. A maioria dos casos, o sumiço da criança foi de forma irônica: sempre há metros de casa; há metros das escolas. Crianças que voltavam do colégio ou mesmo esperavam o ônibus chegar. A outros exemplos, casos de motivo passional, de seqüestro, vingança...tudo... E a maioria dos casos, até hoje, sem solução. Crianças que hoje, se estiverem vivas, estão com 20, 30, 40 anos... Ver o relato e a dor daquelas mães nas entrevistas foi algo pior que tortura física e espiritual para mim. Não sei se é porque hoje sou mãe e tenho um pingo loiro lindo que é tudo para mim nesta vida ou se ando sensível demais que acabei me arrasando. Acho que tá na hora de filtrar as coisas que leio, assisto e ouço. Gosto muito de noticiários, jornais e muitos e muitos documentários... Porém, tá na hora de pensar em mim. Eu me abalo, não tem jeito. Outro exemplo foi o caso Isabella Nardoni, as gêmeas siamesas nigerianas que morreram na cirurgia para tentar separá-las. Tudo me arrasou. Tá na hora de ver cores, de ver filmes de histórias da amor, comédia enfim, de colher o que é melhor para mim. O mundo tá muito cruel e devemos administrar o que o dia-a-dia nos oferece e julgar o que é melhor para nós. É muita loucura. E hoje, sou muito mais manteiga derretida que antigamente.
Um comentário:
Fabiana, sinto o peso destas notícias, documentários e afins de forma muito parecida com a sua. E sinto de forma mais exarcebada depois que me tornei mãe. É mesmo de arrasar um ser humano. De certa forma, não quero fugir de sentir da forma pesada como sinto porque é o meu jeito de não me alienaar. Eu chego muitas vezes a me questionar porque eu trouxe um filho a este mundo. Sinceramente, é uma questão que é melhor nem responder. O negócio é fazer um mundo do que eu mais puder fazer de bom para o meu filho e para as outras crianças que eu puder alcançar com minhas ações e atitudes. Um abraço de uma mamãe aqui de Sampa. Beatriz
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